Até o carteiro se espantou: de uma só vez, entregou 27 cartas da PT em casa de Jorge Aidos, em Sangalhos. Lá dentro, estavam recibos entre oito e dez cêntimos. O cliente diz que não se lembra de alguma vez ter pago esses valores.
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Um homem, residente em Sangalhos, Anadia, queixa-se de ter recebido, num só dia, 27 cartas remetidas pela Portugal Telecom (PT), contendo recibos referentes à liquidação de quantias entre os oito e dez cêntimos, relativas ao período compreendido entre Março de 2007 e Julho de 2009.
Jorge Manuel Aidos diz não entender o desperdício de papel e nem sequer a razão do envio em massa de tais recibos, que se referem a quantias irrisórias que diz não ter pago, até porque "algumas dizem respeito a facturas de 2007".
"Há mais de 20 anos que pago as facturas a tempo e horas. Por isso, não compreendo de onde surgem estes recibos, referentes a pequenas liquidações que não fiz", reforça o queixoso.
O cliente da PT diz que, em tempo de crise, "é uma vergonha gastar tanto papel, e que até o carteiro estava de boca aberta quando procedia à entrega das cartas". "Quando cheguei a casa, nem queria acreditar ao ver o maço de cartas. Senti-me como um empregado de escritório a abrir correspondência", relata
Jorge Aidos salienta que só pretende alertar a empresa para a necessidade de poupar papel.
"Imagine se existem outras pessoas que também receberam perto de três dezenas de cartas. Ora, os carteiros não têm possibilidade de entregar tanto papel. E depois falam em consciência ambiental e poupar", prossegue.
"Se fizermos as contas, o valor de cada recibo não dá para pagar o envio da carta. E o mais curioso são as quantias a que se referem os recibos. Apenas um traduz o valor que paguei", explica Jorge Aidos.
O JN tentou, sem êxito, obter uma explicação da PT.