Quatro uniões de freguesia de Famalicão querem ser desagregadas

O presidente da Junta de Ruivães e Lagoa, Duarte Veiga, é contra a desagregação, e tal, como o JN já noticiou, diz que a votação é "ilegal" por não explicar "onde é que está o erro manifesto nem especifica qual o prejuízo causado pela agregação".

Nos outros casos, as populações alegam que as metas que presidiram à união não foram atingidas, notando ainda que a agregação causou "prejuízos e constrangimentos", nomeadamente na gestão de proximidade. Defendem que os territórios apesar de associados sempre funcionaram de forma independente tendo em comum apenas os órgãos autárquicos.

A identidade de cada uma das localidades e o fato de cada uma ter os seus próprios equipamentos é um dos argumentos que consta no documento elaborado para o pedido de desagregação das três uniões de freguesia.

Destaque destaque Junção não trouxe ganhos de eficiência, escala e social centro

Concluem por isso, que a junção não trouxe ganhos de eficiência, escala e social.
Por exemplo, no caso da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, o território triplicou e o executivo permaneceu o mesmo, comprometendo a proximidade com a população, lê-se no processo de desagregação. Uma das razões também evocada pelas restantes freguesias que pretendem a desagregação.

Por outro lado, referem que a "proximidade, a participação popular, a identidade cultural e a representatividade política" da união de freguesias foi-se perdendo "progressivamente" sem que no entanto se "vislumbrassem" vantagens da reforma administrativa que aconteceu em 2013 "sem o escrutínio popular".

A Câmara aprovou a reposição das freguesias por ser a "vontade" da população. "Cada uma tem o seu histórico, identidades, características, o que corresponde um sentimento forte de autonomia e isso com certeza pesou", diz o presidente Mário Passos