Moradora chamou a Polícia Municipal (PM), na madrugada desta sexta-feira, por causa do ruído na zona da Movida do Porto. Quando a PM foi embora, a caixa de correio rebentou com um engenho explosivo.
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Paula Amorim nem queria acreditar: eram quase três horas da madrugada desta sexta-feira quando ouviu um rebentamento no edifício onde vive com a mãe, de 92 anos, no epicentro da movida do Porto. Correu a ver o que acontecera e, nas escadas, deparou-se com fumo, cheiro a queimado e a caixa do correio destruída pela explosão de um engenho que nela terá sido depositado.
Pouco mais de meia hora antes, a moradora acionara a Polícia Municipal, para queixar-se do ruído oriundo de um dos estabelecimentos de diversão noturna situado na zona das Galerias de Paris, e suspeita que o rebentamento possa ter sido "uma represália" pela denúncia.
"Ouvia música em casa, liguei à Polícia Municipal e saí, para ver de que estabelecimento era. Quando entrei na Rua Galerias de Paris, era uma autêntica discoteca ao ar livre. A Polícia foi lá e, entretanto, a música parou. Mas, no espaço de meia hora, houve um estrondo em casa, que parecia que o prédio tinha vindo abaixo", conta Paula Amorim, ao JN.
"Fui ver o que tinha acontecido e, ao sair da porta [do apartamento], cheirava a queimado. Desci as escadas e, em baixo, estava bastante fumo. A PSP já estava à porta do prédio, porque ouviram o rebentamento nos Leões, viram fumo e pensaram que fosse um incêndio", relata a moradora, contando que se deparou com a "caixa de correio toda rebentada".
"O agente da Polícia Municipal disse que isto ia ser participado juntamente com o ruído. Sem provas, não posso afirmar a 100%, mas é muita coincidência. Ainda por cima, no estabelecimento onde os polícias foram disseram ao agente que sabiam que era eu que fazia a queixa. E, no espaço de meia hora, rebenta isto. É um ato criminoso", diz Paula Amorim, que garante que, "se fosse alguém a passar nas escadas naquele momento, tinha sido atingido".