O corte de árvores efetuado no âmbito da requalificação da envolvente às Termas das Caldas de S. Jorge, em Santa Maria da Feira, tem sido contestado por alguns munícipes e mereceu também críticas por parte da Quercus Aveiro. A Junta de Freguesia recorda que o número de árvores a plantar será muito superior às que foram abatidas.
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A organização ambiental considera que as árvores autóctones "foram cortadas por motivos incompreensíveis" e lamenta também o recente corte de um carvalho situado na mesma zona de requalificação urbana: "Foi cortado mais um carvalho monumental saudável. A perda é enorme. Aquela árvore capturava grandes quantidades de carbono, libertava oxigénio e prestava serviços de ecossistema aos moradores".
A Quercus Aveiro refere, ainda, que, em abril, foi lançado "um apelo ao executivo municipal para que efetuasse um ajuste ao projeto e evitasse a destruição desnecessária deste património, mas não foi ouvido".
Contactado pelo JN, o presidente da Junta de Freguesia, José Martins, defendeu a intervenção da responsabilidade da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e lembrou que, das quatro árvores identificadas com problemas fitossanitários, foram retiradas três. Já o abate de um carvalho, que não fazia parte deste grupo, foi justificado com motivos de segurança.
"O carvalho estava com as raízes muito à superfície, numa situação frágil, podendo cair a qualquer momento. Por questões de segurança e para que não acontecesse nenhuma tragédia foi decidido retirar o mesmo", justificou o autarca.
"Vamos plantar mais de 100 árvores, um número muito superior ao das que foram abatidas por motivos fitossanitários e de segurança", adiantou José Martins, dizendo-se "convencido" de que, quando a obra estiver concluída, os agora críticos "vão acabar por concordar com a intervenção efetuada".