O resgate bem sucedido de uma rapariga de 15 anos, que caiu há dias a um poço, em S. Cosme, Gondomar, ficará gravado na memória da equipa de salvamento de grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Valongo. Mas, dada a exigência deste tipo de serviços, o grupo, criado em 2004, anseia ter uma nova ambulância de todo o terreno e uma viatura 4x4. Assim encontre um mecenas.
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Quis o destino que, naquela tarde, os cinco elementos, Gabriel Pinto (21 anos), Eduardo Reis (20), Bruno Dias (18), Jaime Bragança (26) e António Tavares (32) estivessem todos no quartel e, por isso, demoraram apenas cinco minutos a sair para o salvamento.
"Recebemos o alerta através do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e esforçamo-nos para sair o mais depressa possível para a ocorrência", contou, ao JN, António Tavares, que chefiou o serviço.
Num campo em S. Cosme, um grupo de jovens estava a brincar quando uma das raparigas caiu a um poço, rente ao chão, que estava camuflado com ramos de árvores.
"Chegados ao local, vivia--se uma aflição muito grande entre moradores que já haviam tentando, sem sucesso, retirar a jovem de dentro do poço", relatou António.
Dos cinco bombeiros de Valongo, coube a Eduardo a tarefa de entrar no poço e salvar Maria Inês, que a quatro metros de profundidade, tinha água pelo tórax, e apresentava sinais de hipotermia.
Na memória dos cinco bombeiros ficará para sempre lembrada "a extrema calma" da jovem, de "sorriso nos lábios", o que permitiu realizar o resgate de forma mais rápida. Num salvamento que durou apenas cinco minutos, o mais difícil para Eduardo foi mesmo "suportar a água gélida".
Com força e destreza dos outros quatro colegas, o bombeiro escalou o poço, com a vítima, ajudado por cordas. Todos rejeitam o estatuto de "heróis" e assumem que o mais importante foi terem "salvo a vida a Maria Inês, que sofreu escoriações.