Arrancam em setembro as obras de requalificação do Mosteiro de Vilela, em Paredes. O espaço vai dar lugar ao primeiro museu do concelho, que será dedicado ao mobiliário. A empreitada orçada em cerca de três milhões de euros, irá durar aproximadamente dois anos.
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"Sendo Paredes o maior produtor de mobiliário do país, há muito que se desejava e impunha a criação deste museu", disse este domingo, o presidente da Autarquia, Alexandre Almeida, na cerimónia de assinatura de arranque da obra.
Desde já, fica assumido o compromisso de "não alterar as características exteriores e interiores do edifício classificado", cujas origens remontam ao século X.
"Era já uma ideia nossa, desde o início do mandato, transformar o edifício num museu que nos dê uma perspetiva da história do mobiliário e que tenha um espaço de auditório também para workshops, mas que, simultaneamente, seja um espaço que tenha vida e seja atrativo do ponto de vista multimédia para quem nos visita, nomeadamente, as crianças que apreciam a interação digital", referiu Alexandre Almeida.
"Simbiose perfeita"
O espaço vai contar com salas para exposições permanentes e temporárias, espaços para workshops de transformação da madeira, um bar e um restaurante. O espólio está constituído por peças doados que estão a ser alvo de estudo e classificação.
"Vamos juntar aqui cultura e lazer, numa simbiose perfeita", destacou o autarca sobre o projeto no edifício conventual, que está sob a alçada do município desde 2006.
A empreitada do futuro museu de Paredes é comparticipada pelo Programa de Recuperação e Resiliência em dois milhões de euros, e está assegurada pela empresa J.A.M.O. - Construção E Engenharia Civil, Lda.
O estudo e projeto de requalificação e intervenção no monumento histórico é assinado pelos arquitetos Rui Dinis e Henrique Marques, do atelier Spaceworkers, sediado em Paredes.