reconstrução do bar do Arnado, em Arcozelo, pôs a Irmandade de Santo António e a Autarquia local de costas voltadas. Irmandade defende criação de estrutura em terreno contíguo. Câmara fala em recriar estrutura que foi destruída.
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A Ameaça subir de tom a polémica que está a envolver a reconstrução do bar do Arnado, em Arcozelo, Ponte de Lima, estrutura criada para apoiar a praia fluvial aí existente e que viria a ser destruída por um violento incêndio, em Dezembro passado.
Para a Irmandade de Santo António da Torre Velha, o Município poderia, então, "aproveitar a oportunidade para corrigir um erro", situando a estrutura de apoio à praia fluvial em terreno contíguo, propriedade da Autarquia, onde está instalado um parque de merendas. Isto porque, afiança a instituição, no espaço onde está a ser reconstruído, o espaço de apoio "reduz a grandeza" do cruzeiro ali edificado, além de "dificultar ou quase impossibilitar a realização da procissão". Dando conta que a irmandade "não está contra o bar, mas sim contra a forma como o mesmo está a ser construído", o porta-voz da entidade, Carlos Lima, afiançou que na procissão realizada por ocasião das festas do padroeiro, a 14 de Junho, "andores houve que passaram com extrema dificuldade pelo local".
Segundo disse, o abaixo-assinado posto a circular em meados do mês passado contra a reconstrução do bar naquele local conta já perto de um milhar de assinaturas, "tendo mesmo a Assembleia de Freguesia de Arcozelo aprovado, por unanimidade, uma moção de repúdio", documento este que defende mesmo a suspensão imediata dos trabalhos. "Queremos que esta questão seja resolvida pela via do diálogo. Contudo, caso não venham a ser tomadas as necessárias decisões, não pomos de parte o recurso aos tribunais", assegurou aquele responsável.
Sobre a questão, o autarca local, Daniel Campelo, disse que a deliberação do Executivo teve por meta a reconstrução da estrutura de apoio (que, além do bar, compreenderá instalações sanitárias) no mesmo local. "Caso assim não fosse, a mesma não poderia ser erguida em qualquer outro lado, dadas as autorizações emitidas pelo Ministério do Ambiente", precisou o edil, observando que a solução encontrada para o equipamento "é respeitadora do ambiente e de qualidade muito superior".