A partir de hoje espera-se um movimento diário de 40 mil pessoas no Terminal de Campanhã, com ligações diretas à estação de comboios, metro do Porto, linhas da STCP e dos privados. A Rede Expressos também passou a operar no interface.
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A transportadora rodoviária de passageiros Rede Expressos começou na manhã desta terça-feira a operar no Terminal Intermodal de Campanhã (TIC). De acordo com a STCP Serviços, o serviço está a decorrer dentro da normalidade e a partir de hoje espera-se um movimento diário de 40 mil pessoas naquele interface, com ligações diretas à estação de comboios, metro do Porto, linhas da STCP e dos privados.
"O funcionamento do terminal está a decorrer tranquilamente e dentro daquilo que estavamos à espera. Estamos a afinar ainda alguns detalhes e a acompanhar a operação neste primeiro dia. Escolhemos a terça-feira para fazer esta mudança por ser o dia da semana mais calmo", afirmou ao JN Teresa Stanislau, , gerente da STCP Serviços, responsável pelo terminal de Campanhã.
De 200 horários por dia, o TIC passa a partir de hoje a ter 700 com a chegada da Rede Expressos, a maior operadora nacional de transporte de passageiros. "É um aumento considerável mas foi tudo preparado e dentro daquilo que esperavamos. Temos um reforço das equipas de segurança, das equipas de apoio ao cliente e neste momento é um adaptar a esta mudança", acrescenta a responsável.
É com expectativa que os responsáveis preparam os "dias mais complicados", nomeadamente as sextas-feiras e domingos "devido aos movimentos de partidas e chegadas dos estudantes".
Entre os reparos negativos feitos por passageiros e motoristas está a forma como os passageiros acedem às viaturas. Nas plataformas do lado direito do terminal não existem plataforma para acesso de deficientes e mesmo os mais idosos queixam-se da dificuldade em descer o passeio para entrar nos autocarros. Para quem pretende embarcar nas viaturas estacionadas do lado esquerdo do terminal, é obrigatório dar a volta a todo o terminal, não existindo um acesso direto do piso superior onde se encontra a sala de espera.
Entretanto, o Terminal do Campo 24 de Agosto, propriedade da Transdev, uma das empresas que integra a Rede Expressos, foi encerrado. Esta manhã um funcionário está no local a informar os passageiros que a partir de hoje a operação é feita no TIC. Para os que não estão informados, a empresa disponibilizou um autocarro para os transportar até Campanhã.
Neste momento são sete os operadores no TIC mas a STCP Serviços já recebeu pedidos para novos horários e novos destinos por parte tanto da Gipsyy como da Flixbus que operam no terminal desde a sua inauguração em julho deste ano.
Como um aeroporto
No TIC, os utentes podem circular na zona superior do edifício, estar na sala de espera, na cafetaria ou na galeria. Só acedem ao cais na hora exata de embarque numa lógica diferente de outros terminais e numa organização mais próxima da de um aeroporto. "Esta rotatividade nos cais pode gerar alguma confusão em utentes e operadores, vamos criar com esta ida da Rede Expressos para o TIC uma zona de reforço. Onde hoje são os lugares de estacionamento para os autocarros vamos ter uma área que levará à duplicação desses cais, precisamente para permitir esta fase de transição", explica Teresa Stanislau.
O terminal tem uma capacidade para mil serviços por dia e, desde a sua inauguração, já por ali passaram cerca de meio milhão de pessoas. O espaço tem ligação direta aos restantes modos de transportes.
De Norte a Sul
A Rede Nacional de Expressos surgiu em 1995 para assegurar o transporte de passageiros entre as principais cidades e vilas e da junção de várias empresas como a Transdev, a Rodoviária do Tejo, a Barraqueiro, a Eva, e mais recentemente a Renex. Tem mais de 350 autocarros.
Carreiras de fora
As linhas interurbanas, como as da Gondomarense, permanecerão em Justino Teixeira. Apenas a linha 81 da Valpi faz uma abordagem no TIC.