Os 1750 alunos do concelho de Alenquer, dos quais centena e meia foi vítima no mês passado de intoxicações alimentares, vão passar a ter almoços servidos nas escolas por uma nova empresa a partir de 3 de janeiro.
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A câmara municipal deliberou, esta quarta-feira, por unanimidade, entregar o fornecimento de refeições escolares a outra empresa e estabelecer um acordo amigável de rescisão de contrato com a anterior.
A 23 de novembro, centena e meia de alunos dos jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo teve intoxicações alimentares, cujas causas permanecem desconhecidas, uma vez que o caso foi remetido para o Ministério Público (MP) de Alenquer e está em fase de inquérito.
A investigação decorre sob a responsabilidade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse à Lusa fonte do MP.
A autarquia justificou a necessidade de rescindir o contrato devido à "falta de confiança dos pais" nos serviços da empresa, o que tem levado a que haja cada vez menos alunos a comer nas escolas.
Apesar de ter chegado a um entendimento, o gerente da primeira firma, Luís Antunes, disse à agência Lusa que rejeita ter estado "na origem de qualquer situação de intoxicação alimentar", ao alegar que tudo estava dentro das normas legais exigidas.
A empresa tinha ganho o concurso lançado em outubro, por apresentar preços mais baixos, o que permitiu reduzir a refeição de 2,92 para 1,34 euros. A segunda empresa classificada foi contratada hoje pela autarquia.
O fornecimento de serviços pela nova firma vai encarecer o custo das refeições para a câmara.
Como começa a fornecer refeições a partir de 3 de janeiro, a autarquia optou por não assegurar este ano, nas férias de natal, almoços a pensar nos alunos mais carenciados, cuja única refeição que tomam é a da escola, devido às dificuldades económicas das famílias.
As refeições escolares representam para a autarquia um custo anual de 500 mil euros.