A Região de Aveiro quer avançar com uma ciclovia de 25 quilómetros entre o cais do Carregal, em Ovar, e S. Jacinto, no município de Aveiro, a par com a EN 327. Serão 8,3 quilómetros, integrados na Grande Rota Ria de Aveiro, que vão ajudar a reforçar a atratividade do território e incentivar o turismo sustentável.
Corpo do artigo
A obra, destacada na segunda-feira, durante o Congresso da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), ainda não tem financiamento, mas é importante, uma vez que permitirá “usufruir da paisagem natural sem agredir o meio ambiente, reduzir a poluição” devido ao estímulo dado ao uso da bicicleta e, ainda, dotar de “condições de segurança” os ciclistas que já fazem aquele percurso, que passa junto à ria e em frente à reserva das Dunas de S. Jacinto, explicou o vice-presidente da CIRA, Domingos Silva. A ciclovia, que atravessará três concelhos (de Ovar a Aveiro, passando pela Murtosa), prevê o aproveitamento de alguns troços já existentes e a construção de passadiços em madeira, assentes em estacas, para atravessamento de zonas húmidas.
Candidatura dos moliceiros
Outro projeto emblemático da CIRA é a tentativa de integrar o “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro” na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade que tem de ser salvaguardado. A candidatura à UNESCO está na “reta final”, adiantou José Eduardo Matos, secretário executivo da CIRA, explicando que, “em dezembro vai ser proferida a decisão na Índia”.
Momentos antes, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, lembrou que a região de Aveiro é “muito vulnerável” às alterações climáticas, tendo ecossistemas “maravilhosos”, mas de “grande fragilidade”. De acordo com a governante, “as obras em curso ou em preparação”, na área do ambiente, na região de Aveiro, totalizam, neste momento, 138 milhões de euros. A este valor somam-se mais alguns projetos do Programa Operacional Sustentável para o Litoral.