Banco de Portugal identificou 24 freguesias com dificuldades de acesso ao Multibanco
Um estudo do Banco de Portugal revela 24 freguesias, pertencentes a oito municípios nacionais, nas quais uma eventual contração da rede de Caixas Automáticas (ATM) poderá revelar-se mais crítica.
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Em causa estão freguesias dos municípios de Chaves (1), Vinhais (8), Miranda do Douro (1), Mogadouro (7), Idanha-a-Nova (1), Ourique (1), Mértola (4) e Alcoutim (1).
Segundo aquele estudo, a que o Jornal de Notícias teve acesso, estas freguesias encontram-se atualmente a mais de 15 quilómetros do ponto de acesso a numerário mais próximo ou, encontrando-se a mais de 10 quilómetros, pertencem a municípios onde cada caixa automático serve, em média, mais de 100 quilómetros quadrados de território.
Uma parte considerável das freguesias nacionais com maior dificuldade de acesso à rede de ATM está localizada no território da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIMTTM). Segundo as informações facultadas por este organismo, das 24 freguesias que podem vir a ter mais dificuldades no acesso ao numerário, com a contração da rede, mais de 50% situam-se no distrito de Bragança, ou seja 16.
Os responsáveis pela CIM já deram conta da sua apreensão na sequência das conclusões do estudo publicado pelo Banco de Portugal, que avalia a cobertura da rede de caixas automáticas e balcões de instituições de crédito que revelou "algumas das debilidades da região" nesta matéria e "demonstra que o distrito de Bragança é o que, a nível nacional, apresenta uma maior distância absoluta em relação a uma caixa automática ou agência, estando, nesta situação.
"A CIM das Terras de Trás-os-Montes entende que a possível redução do número de caixas automáticas ou agências não pode vir a prejudicar um território que apresenta já estas debilidades e defende a supressão destas, simultaneamente corrobora na íntegra a posição do Banco de Portugal que em comunicado defendeu que "é necessário estruturar, desde já, uma resposta que permita salvaguardar o acesso da população a notas e moedas, dado que o numerário continua a ser o instrumento de pagamento mais utilizado em Portugal e o mais utilizado por segmentos mais vulneráveis da população", acrescentou a fonte da CIM.