Câmara do Porto está a rever regulamento e pede maior participação dos moradores afetados pelo botellón.
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A proposta do novo regulamento da movida está praticamente concluída e a Câmara do Porto apela a todas as pessoas/moradores, vítimas do ruído provocado pelos ajuntamentos na rua, para que contribuam com questões e sugestões.
Ontem, em reunião de executivo foi aprovado o início do procedimento para a revisão do regulamento que promete travar a venda e o consumo de bebidas na via pública, fenómeno conhecido por botellón.
Rui Moreira explicou que, "há três anos, o botellón existia mas de forma contida. Hoje a situação ameaça estar descontrolada e quando a PSP acorre a pedido dos moradores é recebida de forma hostil". O autarca acrescentou ainda que, com a pandemia, os hábitos mudaram e isso é algo que nos preocupa".
Questionado pelo vereador do PSD, Vladimiro Feliz, se os moradores foram envolvidos na revisão, o responsável pela Economia na autarquia explicou que está a ser publicitado "o início da discussão e as intervenções e podem ser apresentadas questões e sugestões".
De acordo com Ricardo Valente, "já foram ouvidas muitas pessoas", incluindo as que nos últimos meses se deslocaram às reuniões públicas do executivo para denunciar o barulho nas ruas onde residem. O Bloco de Esquerda, que na reunião se fez representar por Maria Manuel Rola, pede um período longo de debate mas o vereador considera que os 15 dias de discussão pública são suficientes e apela "ao contributo" dos portuenses, até porque "as pessoas normalmente pecam pela falta de participação".
Durante o período do a antes da ordem do dia foi apresentado o Relatório do Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico do Porto que pretende fazer da cidade um polo de atração e formação de talentos, a par da atração de projetos de inovação, sustentabilidade ambiental e social, competitividade, atratividade.
A dominar este período antes da agenda de trabalhos esteve a acesa discussão em torno de quatro propostas de condenação da invasão da Ucrânia pela Rússia, tendo a vereadora da CDU sido o alvo das críticas por apresentar uma moção onde não era referida a invasão mas a condenação da guerra e a necessidade de apoio aos refugiados.