Hasta pública de arrendamento de espaços em Gondomar foi concorrida. Dono do novo restaurante vai pagar 2700 euros mensais.
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Foi bastante concorrida a hasta pública que se realizou nesta sexta-feira no salão nobre da Câmara de Gondomar tendo em vista o arrendamento e exploração do café e restaurante que vão existir no Parque Urbano de S. Cosme, cuja obra está prevista ficar pronta depois do verão. O Café do Lago ficou com uma renda mensal de 2100 euros (preço sete vezes superior ao valor base de licitação) e o Café Central, que será um restaurante, de 2700 euros mensais.
"Parabéns e boa sorte", foi a frase mais vezes repetida aos dois vencedores da hasta pública pelos restantes concorrentes, comentando que será "difícil a tarefa de pagar rendas de tais valores", tendo em conta que aos empresários "caberá ainda a despesa de acabamentos dos espaços", como balcões, mobiliário e equipamentos de cozinha.
Luís Damásio, proprietário de três confeitarias no concelho e, por isso, "conhecedor do ramo", não escondia a satisfação de passar a assumir a concessão do Café do Lago. "A expetativa é a melhor, porque é a continuação da expansão do negócio. Além disso, não tenho dúvidas que o Parque Urbano vai torna-se num ex-libris da cidade".
A mesma opinião foi partilhada por Telmo, 35 anos, que representava a mulher, Marta Oliveira, de 39, na hasta pública. "Quando a minha licitação foi ultrapassada por outra já não esperava ficar com o negócio, mas foi a minha mulher (com quem trocava mensagens) que disse para cobrir o valor", contou o empresário, que gere o bar e a cantina da GNR do Carmo, no Porto.
Já sobre os 2700 euros de renda do Café Central, que funcionará como restaurante junto ao parque infantil do futuro parque, Telmo respondeu perentório: "Nada se faz sem trabalho!".
Para o presidente da Câmara, Marco Martins, o facto de a hasta pública ter sido concorrida "prova que o local é apetecível e promete criar uma nova dinâmica no centro de S. Cosme".
Das 23 propostas que chegaram à Autarquia, só 16 é que passaram à fase de licitação. Os concorrentes desclassificados "não respeitaram o programa do procedimento", disse o autarca.