O geólogo norte-americano Steven H. Emerman considera que os impactos da mina do Barroso na hidrologia da região são suficientes para aconselhar “a rejeição total” do projeto. Em caso de falha, pode afetar todas as comunidades em Covas e o oceano.
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O geólogo norte-americano Steven H. Emerman analisou o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da exploração de lítio a céu aberto em Covas do Barroso. Durante uma sessão pública, quinta-feira de manhã, na Câmara Municipal de Boticas, elencou “oito razões” pelas quais o projeto “pode levar a uma falha catastrófica na barragem de rejeitados”, o armazenamento dos resíduos da exploração mineira.
“No caso de falha catastrófica no Barroso, os rejeitados chegarão ao oceano Atlântico”, pelos rios Covas, Tâmega e Douro. “Todas as comunidades entre Covas e o Atlântico podem ser afetadas”, concluiu Emerman após uma exposição sobre os riscos que encontrou na análise ao projeto. “Recomendo a rejeição total da mina do Barroso”, acrescentou.