Novo equipamento foi instalado no Hospital de Penafiel no ano passado e precisa de mais recursos humanos.
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A nova máquina de ressonância magnética, que chegou ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, no ano passado, cumprindo um anseio com 20 anos, só consegue dar resposta a metade das necessidades do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS).
Recorde-se que hospital serve uma vasta população, de cerca de meio milhão de habitantes. Outra das limitações é a falta de recursos humanos, visto que só existe um médico radiologista. Mas o último concurso não teve interessados.
De acordo com o presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto Silva, em 2022 foram realizados cerca de 200 exames, ainda com algumas limitações e sendo priorizados os doentes internados.
Este ano, antevê que deverão ser realizados "cerca de 4.000 exames", o que corresponderá a "cerca de 50% das necessidades" do centro hospitalar. As restantes ressonâncias magnéticas terão de ser realizadas no exterior, como até agora, obrigando a deslocações a privados com os quais o serviço é protocolado.
1,6 milhões de euros
A compra da ressonância foi sendo adiada ao longo dos anos, por "razões várias", desde "a falta de financiamento, à falta de recursos humanos", justifica o administrador. O equipamento, e as obras de preparação do espaço, terão rondado os 1,6 milhões de euros.
"Nos últimos anos, decidiu-se apostar no reforço de recursos, materiais e humanos, que garantissem maior resposta de proximidade e internalização de alguns meios de diagnóstico", refere, tendo sido conseguida a autorização para o investimento e a abertura de vaga para a contratação de médico radiologista.
Mas essa é uma das limitações, identifica o administrador, falando de uma matéria "particularmente difícil". É que nos últimos meses "deu-se a saída de um médico para outro hospital" e a vaga prevista ainda "não foi preenchida, por não ter havido candidatos interessados".
"Num hospital desta dimensão temos somente um radiologista, o que torna as coisas muitíssimo complicadas, uma vez que, além das ressonâncias, esse especialista tem ainda um conjunto de outras coisas para realizar", sustenta Carlos Alberto Silva, definindo como prioritário o "esforço" para fixar profissionais.