O rio Coura invadiu, na terça-feira, o recinto do mítico festival de Vilar de Mouros, em Caminha. A cheia afeta as duas zonas (a antiga e a nova) onde decorre o evento e também a capela de Santo Amaro, tendo tornado intransitável a estrada que divide a freguesia.
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Segundo o autarca Local, Carlos Alves, esta subida do Coura, que atingiu o ponto de cheia na terça-feira às 15 horas, é habitual sempre que chove intensamente. E até a capela está adaptada a situações de cheia, com bancos de alumínio, piso de pedra e as imagens colocados em locais mais altos.
"No ano passado não aconteceu nenhuma vez, mas há anos em que acontece várias vezes. Já estamos um pouco habituados a isto", declarou Carlos Alves ao Jornal de Notícias. "O que é de salientar, desta vez, é que, apesar de já ter deixado de chover há várias horas, a água mantém-se ainda muito alta", referiu, explicando que como tem chovido muito nas últimas semanas, os terrenos estão muito alagados. "Vai demorar. A água vai baixar muito devagarinho", acrescentou.
Segundo Carlos Alves, a cheia não causou danos na aldeia. "O único transtorno é que a freguesia fica dividida em duas", assinala, explicando que a via que atravessa a localidade (e separa o Largo do Casal, recinto antigo do festival, e o novo) fica coberta pelas águas. Os seus habitantes têm de procurar "uma de três alternativas", sendo que, "qualquer uma delas obriga a percorrer, pelo menos, mais dez quilómetros que o habitual".
Quanto à capela de Santo Amaro, está tudo "acautelado". "O pavimento é empedrado e as imagens estão todas num plano mais alto. Os bancos que outrora eram de madeira, agora são de alumínio", indica o autarca.