Alberto Costa, autarca de Santo Tirso, é o novo presidente da associação intermunicipal que trata do curso de água.
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Evocando Guilherme Pinto no dia em que passaram oito anos sobre a morte do antigo autarca de Matosinhos e “grande defensor do rio Leça”, fez-se, nesta quarta-feira, a passagem de testemunho da liderança da Associação de Municípios do Corredor do Rio Leça, que transitou das mãos do presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, para o homólogo de Santo Tirso, Alberto Costa.
Na cerimónia de tomada de posse, que decorreu na Lionesa, em Leça do Balio, Matosinhos, o diretor-executivo da associação, Artur Branco, enalteceu o “esforço hercúleo” levado a cabo pela associação fundada em 2021 pelos quatro municípios atravessados pelo Leça – Santo Tirso, Maia, Valongo e Matosinhos –, que se “juntaram para despoluir o rio”.
“Temos um rio completamente monitorizado da nascente à foz, e será o primeiro do país”, congratulou-se, lembrando que a candidatura ao programa europeu React, no valor de quatro milhões de euros, permitiu financiar várias ações de reabilitação do curso de água.
Presente na sessão, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, José Pimenta Machado, recordou que, “para melhorar a qualidade da água”, foram definidas “três ETAR [estação de tratamento de águas residuais] estratégicas: Parada, Ponte de Moreira e Ermesinde”, cujas intervenções terão impacto no rio.
“Esforço financeiro”
“Não basta fazer as obras que fizemos com financiamento; é preciso mantê-las e de forma sustentada”, alertou Alberto Costa, referindo que o rio Leça “não pode ser apenas um problema dos municípios; tem de ser das pessoas, das empresas e das instituições”.
“Houve um esforço financeiro. Cada uma das quatro câmaras pôs quase meio milhão de euros do seu próprio orçamento neste projeto, e foram executados quase 90% de um projeto de 3,7 milhões”, lembrou, por sua vez, José Manuel Ribeiro.
Pormenores
Rotatividade
A presidência da associação roda, a cada ano, pelos quatro municípios que a compõem.
Sede na Lionesa
Criada em maio de 2021, a associação do Corredor do Leça tem sede no Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio, Matosinhos.
71 quilómetros
A reabilitação do rio Leça foi executada ao longo de 71 quilómetros. Foram feitas quatro obras em simultâneo nos municípios envolvidos.
Toneladas de lixo
Durante o processo de reabilitação do rio, foram retiradas 250 toneladas de madeira da água e criadas estruturas a partir de engenharia natural em quase 10 quilómetros.