Vai ser construído um novo coletor na zona industrial da Arroteia, em Leça do Balio, Matosinhos, onde se registou uma inundação de grandes dimensões que atingiu 20 empresas. Nesta segunda-feira, um robô vai tentar detetar o local onde a ribeira ficou obstruída.
Corpo do artigo
O coletor que colapsou, dando origem, neste sábado, a um alagamento que atingiu duas dezenas de empresas – parte do piso de um armazém à cota baixa aluiu - situadas perto da Via Norte, nas traseiras da Efacec, vai ser desativado e a linha de água que ali corre desviada para uma nova infraestrutura que estará construída no prazo “mínimo de três meses”, como adianta, ao JN, Ricardo Teixeira, que dirige o departamento de conservação da Câmara de Matosinhos.
No imediato, e para mitigar os efeitos de uma nova subida da água, vai para o terreno, ao início da manhã desta segunda-feira, um robô que percorrerá o coletor danificado para tentar encontrar a área onde se deu o colapso que obstruiu a estrutura. Determinado o local, as equipas vão procurar “desobstruir o coletor” para que este possa escoar algum caudal, como explica o engenheiro da autarquia. Segundo Ricardo Teixeira, o robô que irá “tentar encontrar a obstrução” consiste num “carro com uma câmara em cima com sistema de telecomando”.
“Equipas trabalham 24 horas, sete dias por semana”
Também se encontram no local “máquinas para abrir valas de forma a conseguir instalar tubos, a seis metros de profundidade, para fazer a bombagem da água”, desocupando, assim, a via pública, que se encontra preenchida com as tubagens que estão a fazer a drenagem. De acordo com o responsável, ao final da noite deste sábado foi possível terminar de drenar toda a água da rua e das empresas. No entanto, o diretor do departamento de conservação da Câmara ressalva que, “como a ribeira está tapada, vai haver inundações sempre que chova, pelo que é necessário ter sempre no local o sistema de bombagem até à construção do coletor”.
“Temos lá equipas a trabalhar 24 horas, sete dias por semana, para assegurar que as bombas estanca rios estão a trabalhar”, revela Ricardo Teixeira, indicando que no local estão “duas bombas manuais e uma automática”, sendo que cada uma consegue extrair “seis mil litros por minuto”. Estes equipamentos estarão na Rua do Barroco, onde se deu a inundação, até que o novo coletor fique pronto.
A nova estrutura vai ligar-se por um sistema de 'bypass' à existente no início da rua, onde esta recebe a água da ribeira das Avessas e “contornar a antiga”, que não será assim, substituída. Trata-se de “um coletor de grandes dimensões, com 1,5 metros de largura, a uma profundidade de seis metros, o que vai implicar muitos meios”, esclarece o engenheiro.