O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defende que os serviços de vigilância aos edifícios municipais devem ser prestados pela Autarquia e não por empresas privadas, assumindo os funcionários. Uma posição que merece o acordo da oposição.
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Em causa, estão 200 trabalhadores que garantem a segurança de cerca de 40 espaços da cidade e que estão com salários em atraso ou sem receber horas extraordinárias. O problema arrasta-se há, pelo menos, um ano e sempre que o serviço tem que ser concessionado, os vigilantes ficam sem saber se continuam com emprego ou se mantêm os direitos da antiguidade, uma vez que o seu futuro depende do desfecho do concurso público.
O presidente da Câmara do Porto defende que se trata de uma "situação absolutamente inaceitável". "Estamos muito preocupados. Vivem num permanente sobressalto. Não se pode continuar com esta situação", considerou Rui Moreira, no final da reunião do Executivo desta segunda-feira.
Para Rui Moreira, a solução passa pela internalização do serviço de vigilância, passando a ser garantido por uma empresa municipal. "Espero que este assunto seja abordado durante a campanha eleitoral. O futuro Executivo devia ficar com esta atividade, através de uma empresa municipal", defendeu.
A oposição concorda. Segundo a vereadora socialista Rosário Gambôa até existe um estudo que comprova a viabilidade financeira da medida. "É uma situação altamente penalizadora para os trabalhadores", lamentou.
"Temos defendido a internalização deste serviço. É benéfico para todos. .Os trabalhadores sentem-se como funcionários municipais", vincou a vereadora da CDU, Joana Rodrigues, enquanto o bloquista Sérgio Aires considerou que a medida já podia ter sido tomada pelo atual Executivo. "No fim das contas, estamos a falar de trabalhadores municipais", rematou. Já o PSD recusou-se a fazer a habitual declaração no final da reunião privada das Câmara do Porto.