Rui Novais da Silva, líder da Concelhia do PSD de Fafe, encabeça a lista do partido que tenta reverter o mau resultado de há quatro anos e acabar com a hegemonia socialista.
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Aos 34 anos, Rui Novais da Silva encabeça a lista do PSD, partido que liderou a Câmara nas primeiras eleições autárquicas em democracia mas que, desde 1979, está na Oposição. Há quatro anos, em coligação com o CDS, o PSD conseguiu eleger apenas um vereador e neste sufrágio aposta no líder da Concelhia para tentar ultrapassar esse mau resultado. Um jovem bancário que apresenta uma lista também com novos rostos a pensar no futuro.
Esta candidatura é o maior desafio da sua vida?
Sem dúvida. É o momento certo, porque Fafe precisa de um novo impulso, de mudar protagonistas. Cabe às novas gerações começar a preparar o futuro. Sempre me disponibilizei, sem sede de poder, mas entendo que, enquanto cidadãos, devemos avançar quando não concordamos com o que está a ser feito. A candidatura é abrangente e de pessoas que não estão atrás de benefícios pessoais, mas para dar o contributo à terra.
Os 34 anos são uma vantagem ou uma desvantagem eleitoral?
Políticos com esta idade são menos conhecidos e eu comecei nas lides partidárias aos 26. Tenho um passado de dirigismo, integrei o Conselho Nacional da Juventude e fui adquirindo ferramentas que me prepararam para este desafio.
O que é essencial mudar em Fafe?
Impormo-nos perante a região. Se queremos ser uma marca regional e nacional temos de ter uma postura firme, arrojada, e isso não tem acontecido na Câmara. Firmes na luta pela coesão social e focar-se na criação de emprego, numa cultura transversal e criar uma marca distintiva. A Justiça de Fafe é uma marca que é abafada. Se não valorizamos o que somos não serão os outros a fazê-lo.
A perda de população é fruto da inércia do Executivo?
A perda é generalizada no país. Mas há terras que têm mantido e outras aumentado e é nesse lote que Fafe deve estar. Têm políticas de atratividade. Em Fafe tem havido inércia há 24 anos. Uma grande falta de estratégia e visão para que os empresários venham e ajudem a fixar a população.
O que seria um bom resultado para o PSD?
Sabemos as limitações, temos os pés assentes na terra, mas acredito que podemos ganhar, nem que seja por um. Se perdermos gostaríamos de colocar mais vereadores na Oposição. Somos a alternativa ao poder socialista, mas queremos que as pessoas se juntem a nós de forma convicta e não por quererem derrotar o PS.
Com o dinheiro que Portugal vai receber, a próxima década será decisiva para o futuro de Fafe?
Fafe tem de se posicionar nos centros de influência. Já veio muito dinheiro para Portugal e Fafe não aproveitou. Houve financiamento para saneamento e há zonas da cidade sem ele. É vergonhoso para os políticos. As novas gerações têm de ser aproveitadas e a candidatura do PSD é sinónimo disso.
Melhor
Melhor
Os fafenses. Acolhedores, hospitaleiros. E a solidariedade entre nós em diversas causas.
Somos uma terra de muitos talentos. A nossa história enaltece os valores da dignidade humana.
Pior
A perda de população e a falta de atratividade para o investimento.
Pouca promoção cultural.
Falta de transparência na gestão autárquica