A água da rede pública em S. Pedro da Cova, Gondomar, está imprópria para consumo. A empresa municipal Águas de Gondomar distribuiu panfletos a avisar a população e esvaziou as bocas de incêndio. O problema deverá ficar resolvido depois de amanhã.
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A confirmação de uma bactéria na água da rede pública na freguesia de S. Pedro da Cova, Gondomar, chegou às Águas de Gondomar através de uma análise feita anteontem. Porém, a população só foi alertada para não consumir água da torneira ontem de manhã. E nem todos acataram a ordem.
Ainda assim, a freguesia tem sido abastecida de água através dos auto-tanques dos bombeiros de S. Pedro da Cova e de Valbom. Já os depósitos das bocas de incêndio foram esvaziados.
"Foi-me dito que a água apresentava uma bactéria não identificada", disse, ao JN, Daniel Vieira, presidente da Junta de S. Pedro da Cova, avisando que a "população está proibida de beber água da rede pública por estar contaminada". "Espera-se que o problema fique resolvido na segunda-feira [amanhã]", acrescentou.
No lugar de Gandra, na Rua de Camões, o proprietário de um café disse "desconhecer" que a água estivesse imprópria para consumo. "Não sei de nada", confirmou o homem que manteve "a rotina normal" do estabelecimento. E não parou de servir cafés.
Já o vizinho da frente, que carregava seis garrafões de cinco litros de água para casa, confirmou ter lido um panfleto da Águas de Gondomar a avisar "que a água estava contaminada".
Também Henrique Gomes, proprietário da cafetaria "Dom Henrique" disse ter sido "avisado" para o problema. "Técnicos das Águas de Gondomar andaram de porta em porta a informar que a água está imprópria", sublinhou o comerciante, que continua a fazer uso da água da torneira, mas porque tem "filtros".
Mesmo assim, Henrique Gomes vai "verificar com um técnico se os filtros resultam". "Disseram que só podemos usar a água para tomar banho, nas máquinas de lavar roupa e louça, e para lavar carros", acrescentou o comerciante.
O JN tentou obter um esclarecimento da situação junto das Águas de Gondomar, mas até ao fecho desta edição tal não foi possível. A Câmara também não quis falar.