Dos últimos rezam muitas das histórias das corridas de S. Silvestre. O JN conta a de Rita Pinto, a última a cruzar ontem a meta, no Parque Fernando Melo, em Ermesinde, da 26.ª S. Silvestre de Valongo. "Isto faz-me sentir bem", contou a atleta de 54 anos, ainda a recuperar o fôlego algo perdido, 10,5 quilómetros e uma hora e quinze minutos depois do tiro de partida.
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O "bichinho" pelas corridas ganhou do marido António. Tomou-lhe a vez quando António deixou de poder correr por causa de uma lesão na anca. Já o acompanhava no aquecimento, conhecia tudo o que havia para conhecer de 30 anos de corridas, por isso pôs as sapatilhas a caminho.
E de tal modo o fez que até correu 21 quilómetros de uma corrida em que participou no Porto quando achava que se tinha inscrito apenas para cumprir 14. "A dada altura bem me apetecia desistir, mas disseram-me para não o fazer, por isso fui continuando", explicou a rir com a proeza da sua primeira meia maratona, 2.40 horas de puro esforço.
Antes Rita, tinham chegado Maria Adelaide, de 54 anos, e a filha Márcia Malheiro, de 31 anos, as segundas do fim, ontem, em Ermesinde. As "pequenas provas" em que mãe e filha participam quase já têm estatuto de tradição familiar. É que desde que Maria Adelaide se reformou as duas participam em corridas no Porto, em Gaia e em Valongo, onde residem. "Aproveitamos para conversar e para estar juntas", explicaram.
Das 370 pessoas que se inscreveram para participar na corrida de S. Silvestre de Valongo compareceram, ontem, cerca de 300. "Muitas terão sido desencorajadas pela chuva que caiu nos últimos dias", estimou Paulo Baltazar, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Valongo. n