Reforço dos meios é um dos objetivos da passagem da companhia a batalhão, que acontecerá em breve. Está a ser dada formação a 32 novos recrutas, mas preveem-se mais entradas.
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Quando se consumar a passagem dos Sapadores de Gaia de companhia a batalhão, o que está previsto para breve, a corporação passará a contar com dois postos avançados: um no Centro Histórico e outro numa zona rural do concelho, numa freguesia ainda a definir. O quartel, na Avenida Vasco da Gama, em Oliveira do Douro, continuará a ser a base.
Numa altura em que está a ser dada formação a 32 novos recrutas, a intenção de reforçar os equipamentos foi confirmada, ao JN, pela Autarquia. Foi pedido um parecer à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil relativamente à passagem a batalhão e aguarda-se pela resposta, mas a última decisão caberá à Câmara de Gaia e à Assembleia Municipal. Prevê-se que em poucos meses o processo esteja fechado.
"Com a entrada desta nova recruta e com uma futura recruta vamos conseguir o objetivo, que é o entendimento municipal: a passagem da companhia a batalhão. Vamos conseguir ter quase 200 efetivos e aí a estrutura vai aumentar. O quadro de chefias também tem de aumentar, coadjuvado por um quadro de comando devidamente restruturado", antecipou o comandante José Viana.
Os 32 instruendos estão no início da formação, que começou em abril. O curso dura um ano e estes primeiros tempos são para puxar pelo cabedal. "Na parte física, agora, debruçam-se essencialmente na perda de gorduras e na resistência. Alguns elementos entraram com grande capacidade física, nomeadamente os militares, enquanto que outros estão a adaptar-se", adiantou Álvaro Vilar, subchefe de 1.ª classe e responsável pela escola de recrutamento.
Média final de 14 valores
Por estes dias também há aulas teóricas. Nesses momentos, os formandos passam do terreno para as secretárias. Apreendem temáticas diversificadas, como Direito, Higiene e Segurança, entre outras. "Para se ser bombeiro sapador é necessário ter o 12.º ano de escolaridade, ter mais de 18 anos e menos de 25. Também ter nacionalidade portuguesa", anotou Álvaro Vilar, lembrando que os 32 recrutas tiveram de prestar provas a nível escrito e passar nos testes físicos, psicotécnicos e médicos. "No segundo semestre passam a ingressar os turnos de serviço. Acompanham todas as equipas, num aspeto de visualização e não de trabalho. Portanto, nunca estarão na linha da frente", explicou, completando que, na avaliação final, "só passarão se tiverem uma média final de 14 valores".
Entre os candidatos a integrar os Sapadores está Paulo Azevedo, de Vila Meã (Amarante). Esteve no Centro de Operações Especiais do Exército e tentou o ingresso na Polícia, mas escolheu os bombeiros. Tem familiares ligados aos Voluntários de Vila Meã. "Ser bombeiro é dar o máximo em prol da sociedade e do bem comum. Ajudar quem necessita, nas situações complicadas", justificou. Sem qualquer experiência ou laço anterior aos bombeiros apresentou-se Pedro Pimentel, de Sandim (Gaia). "Estar aqui é o concretizar de um sonho. Quem vem para cá tem de estar sempre ponto a ajudar o outro. Fazer a diferença. Sinto-me um privilegiado", disse.