A Câmara de Valongo estima que a secundária de Ermesinde, cuja requalificação é uma das mais desejadas e discutidas no concelho, entre em obras antes do próximo ano letivo, num investimento superior a três milhões de euros.
Corpo do artigo
A decisão de adjudicação para reformulação e modernização das instalações da secundária de Ermesinde será, esta quinta-feira, discutida em reunião camarária. Em causa está um equipamento escolar com cerca de 30 anos, cuja degradação já gerou dezenas de visitas e intervenções por parte de vários partidos políticos, entrega em mão de cartas a governantes, pintura de murais, um cordão humano à volta da escola e uma vigília noturna.
"Estamos a fazer tudo, tudo, tudo, para que as obras se iniciem nas férias escolares para que o arranque do ano letivo decorra com os menores constrangimentos possíveis. Esta obra vem dar o primeiro passo para a correção de uma injustiça. Valongo foi o único concelho da Área Metropolitana do Porto, cujas escolas da responsabilidade do Governo nunca foram intervencionadas", disse o presidente da câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro.
O autarca descreveu, à agência Lusa, que o arranque da empreitada - sendo que esta será uma primeira fase - está dependente do visto do Tribunal de Contas e que o projeto foi feito em articulação com a comunidade escolar, nomeadamente direção da escola e associação de pais.
A empreitada tem um prazo de execução de 395 dias e inclui requalificação total interior e exterior dos três blocos de aulas, ampliação do refeitório e requalificação da cantina, tratamento exterior total do edifício administrativo, construção de uma nova portaria, arranjos exteriores e reformulação dos balneários do pavilhão desportivo.
José Manuel Ribeiro acredita que nesta primeira fase de obras "mais de 70% do que é necessário fazer fique concluído".
O investimento é comparticipado em 85% por fundos comunitários, cabendo 7,5% ao Governo e 7,5% à câmara municipal.
Questionado sobre a segunda fase de obras, o presidente da Câmara de Valongo, distrito do Porto, referiu que esta está "dependente da reprogramação dos fundos comunitários, como aliás estão outras obras muito desejadas pela comunidade escolar e pela autarquia", disse.
"Contamos com a reprogramação dos fundos comunitários não só com dinheiro para a segunda fase de intervenção na secundária de Ermesinde, mas também para a escola secundária de Valongo e para a escola básica Vallis Longus ", enumerou.
O autarca aproveitou para apelar por "condições financeiras" para avançar com intervenções que diz serem "muito necessárias", acrescentando que a câmara, "se necessário for", estará disponível para custear 15% e não apenas 7,5%.