A pandemia não travou "sucesso" educativo na Alves Martins. Escola atribui o mérito aos jovens e aos professores.
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A Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, conseguiu colocar 36 alunos no curso de Medicina. O último ano letivo foi um dos melhores de sempre no que toca à entrada de jovens formados neste estabelecimento de ensino nos cursos que formam futuros médicos no país.
"É um número elevado que nos orgulha a todos", afirma o diretor da ESAM, salientando que, para além destes 36 estudantes, há muitos outros que tiveram sucesso escolar. "Noventa por cento dos nossos alunos que se candidataram ao Ensino Superior tiveram colocação. Essa é a notícia principal", vinca Adelino Pinto.
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Mariana Seixas foi uma das jovens que conseguiram o tão desejado lugar em Medicina. Acabou o 12.ª ano com uma média de 18,93 valores. No exame nacional de Matemática conseguiu a pontuação máxima. "Desde muito pequena que gostava de entrar em Medicina. Foi sempre o que quis, apesar de nem sempre o admitir", confessa a jovem, agradecendo este feito a todas as pessoas que a rodearam até agora, da família, aos professores.
A caloira acredita que triunfou devido à sua "organização", mas também ao seu "planeamento escolar". Não esconde que para algumas disciplinas teve de "marrar", todavia sustenta que o segredo passou mais pelo "empenho".
Chave do sucesso
O diretor da ESAM considera que a receita do sucesso da escola reside "no trabalho dos alunos". Adelino Pinto elogia os estudantes por serem "focados, trabalhadores e responsáveis" e explica que à instituição de ensino que dirige cabe apenas "o papel de proporcionar, a todos os alunos, todas as condições para eles conseguirem" alcançar bons resultados.
Aníbal Sousa, professor de História, coloca também o foco nos jovens, que descreve como "o melhor da escola". Garante que são "cada vez mais inteligentes e críticos, muito ágeis intelectualmente e muito exigentes sobre o nosso trabalho", refere.
Os dois últimos anos letivos ficaram marcados pela covid-19, que obrigou a dois confinamentos e aulas à distância. Adelino Azevedo Pinto "estava muito preocupado" com o impacto da pandemia no rendimento escolar, mas acabou surpreendido com os estudantes porque "os resultados não baixaram", disse ontem ao JN.
Uma palavra para os pais, "aqui a parte familiar, então nestes dois últimos dois anos foi extremamente importante". E depois, "a escola, que fez um esforço enorme". "Quando nos apercebemos que os alunos poderiam ficar prejudicados, houve um desdobrar de forças e uma união dos professores para que não faltasse nada aos nossos alunos", lembra o diretor.
Nota vinte a todas as disciplinas
Pedro Xavier Almeida foi no último ano letivo o melhor aluno da Escola Alves Martins. Acabou o Ensino Secundário com uma média de 20 valores. Teve também 20 valores nos exames nacionais de Matemática, Físico-Química e Geometria Descritiva. Ao contrário de muitos colegas não quis ir para Medicina, embora as notas o permitissem. Preferiu o curso de Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
"Gostava de ser piloto, esse é o meu sonho desde pequenino. Acho que este curso me pode dar as bases que preciso", afirma, acrescentando que a receita para o sucesso passa pela organização do tempo e por prestar atenção nas aulas.
Ficha
90% dos estudantes da Escola Secundária Alves Martins entraram na primeira opção.