O Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura (SMPCM) anunciou em comunicado, na tarde desta quinta-feira, que se registou o segundo caso positivo de Covid-19 naquele concelho.
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Segundo revela o SMPCM, coordenado por Álvaro Azedo, presidente da Câmara Municipal, "este segundo paciente está relacionado com o primeiro caso já confirmado", que foi tornado público na passada terça-feira e que se encontra internado nos Cuidados Intensivos do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.
Segundo apurou o JN, trata-se de uma mulher que faz hemodiálise no serviço da unidade hospitalar bejense e que foi transportada com o primeiro infetado e mais três pessoas, numa viatura dos Bombeiros Voluntários de Moura. Um bombeiro, uma mulher e outro homem estão em quarentena, aguardando o resultado dos testes. O marido da mulher que esta quinta-feira deu resultado positivo também já foi sujeito a testes.
O Município revela que "se encontra a acompanhar a realização dos testes no concelho", acrescentando que em articulação com as autoridades de saúde se está "a desenvolver todas as diligências para controlar a propagação do vírus".
O primeiro caso foi detetado no sábado depois de o grupo ter regressado a Moura, após tratamento no Serviço de Hemodiálise do Hospital de Beja. O homem sentiu-se mal, dirigiu-se ao Centro de Saúde e foi transportado para Beja, sob suspeita de ter contraído o coronavírus, o que se veio a confirmar.
O JN apurou que, com este, são agora 33 os casos positivos no distrito de Beja, distribuídos por concelhos da seguinte forma: Serpa - 17, Beja - 6, Odemira, Almodôvar e Moura - 2 casos cada e Castro Verde, Cuba, Mértola e Ferreira do Alentejo - 1 caso cada. Ainda sem casos conhecidos estão os municípios de Alvito, Aljustrel, Barrancos, Ourique e Vidigueira.
Ativado Plano Municipal de Emergência
Depois de conhecido o segundo caso no concelho, a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) reuniu e decidiu ativar o Plano Municipal de Emergência, justificando que, "devido às relações familiares e dificuldade contenção, poderá representar um aumento do risco de propagação da pandemia".
Em comunicado, a CMPC justifica ainda que o ativação deste instrumento de condução da pandemia se fica também a dever ao "elevado número de idosos nas instituições, em situação vulnerável acrescida", sustentando que tudo vai ser feito em estreita articulação com as estruturas municipais e distritais.