Seis dos sete candidatos submeteram propostas para ponte rodoviária sobre o rio Douro
Seis dos sete candidatos do concurso de conceção e construção da ponte D. António Francisco dos Santos submeteram propostas, adiantou, esta sexta-feira, a Câmara do Porto, dizendo não ser possível determinar o prazo para a conclusão da análise do júri.
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Em resposta à agência Lusa, a Câmara do Porto afirmou hoje que o prazo para a apresentação das propostas do concurso de conceção e construção da ponte D. António Francisco dos Santos terminaram no dia 13 de outubro, seguindo-se agora o "processo de análise e avaliação das mesmas" pelo júri.
Dos sete candidatos admitidos no concurso, seis apresentaram propostas, sendo que "só depois da análise do júri será possível concluir se as mesmas reúnem condições para serem efetivamente admitidas", adiantou a autarquia, dizendo ser "prematuro" avançar com a identificação dos candidatos.
A Câmara do Porto diz ainda não ser possível "antecipar prazos" para a conclusão do processo de análise e avaliação das propostas face à "complexidade técnica inerente" ao procedimento de conceção e construção "com a dimensão e impacto" da ponte D. António Francisco dos Santos e os respetivos acessos.
A concurso foram admitidos sete candidatos: a empresa Puentes y Calzadas Infraestructuras S.L.U., o consórcio de Alexandre Barbosa Borges, S.A. e Construgomes Engenharia, S.A., o consórcio Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. e Omatapalo - Engenharia e Construção, S.A., o consórcio Afavias - Engenharia e Construções, S.A., Casais - Engenharia e Construções, S.A. e Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, S.A., o consórcio Ramalho Rosa Cobertar, Sociedade de Construções, S.A. e FCC Construcción, S.A., o consórcio Alberto Couto Alves, S.A., Alves Ribeiro, S.A. e Betar Consultores, Lda., e a empresa Conduril - Engenharia, S.A..
Questionada pela Lusa sobre o que acontecerá ao concurso, uma vez que a ponte em causa poderá vir a ser incluída no projeto da linha de alta velocidade, a autarquia remeteu para as declarações prestadas a 27 de setembro pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, quando afirmou que "se nada surgir em contrário, a ponte D. António Francisco dos Santos será naturalmente construída".
O Jornal de Notícias avançou a 26 de setembro que em vez de duas novas pontes sobre o rio Douro, a solução que está a ser negociada entre a Câmara do Porto, Câmara de Gaia e a Infraestruturas de Portugal (IP) passa por "apenas uma ponte com dois tabuleiros: um para o comboio de alta velocidade e outro rodoviário".
Dois dias depois, a Infraestruturas de Portugal (IP) avançou que a construção de uma única nova ponte rodoviária e ferroviária sobre o rio Douro é uma solução cuja "viabilidade técnica" está "comprovada", mas a decisão caberá aos autarcas e à tutela.
"Do ponto de vista financeiro é muito mais barato fazer uma ponte do que duas pontes [sobre o rio Douro, ligando o Porto e Gaia]. A viabilidade técnica da fusão das duas pontes está comprovada. Esta é uma solução totalmente viabilizada. Será uma decisão dos senhores autarcas [do Porto e de Vila Nova de Gaia] e do senhor ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos]", disse Carlos Fernandes, do conselho de administração da IP.