Novas instalações estão prontas, mas ainda não há data para começarem a funcionar. Nas atuais cabem 12 utentes.
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O novo edifício do Centro de Saúde de Moreira de Cónegos está pronto há várias semanas, mas ainda não tem data para abrir portas. De acordo com o Município de Guimarães, estão em fase de adjudicação os contratos para o fornecimento de mobiliário e equipamentos médicos e falta uma vistoria da Direção Geral de Energia.
As novas instalações, um edifício vidrado, de arquitetura moderna, em forma de estrela, estão concluídas e os jardins a ganhar ervas daninhas, enquanto se aguarda por uma vistoria da Direção Geral de Energia, que permita fazer o contrato de fornecimento de eletricidade, explica a Câmara. Entretanto, decorrem os concursos para aquisição de mobiliário e equipamento médico que já estão em fase de adjudicação e devem estar concluídos em breve, indica a edilidade.
Nas acanhadas instalações da atual Unidade Local de Saúde, os utentes lamentam-se. “Está ali aquilo construído, muito bonito, mas é só para se ver. Nós continuamos aqui ao monte”, atira Vera Lima. O presidente da Junta, António Brás, afirma que o facto de o novo Centro de Saúde ainda não estar aberto provoca grandes constrangimentos. “No edifício atual cabem 12 pessoas. Quando chove e está cheio, muitas ficam cá fora, abrigados debaixo dos beirais”, indica.
António Brás lembra que Moreira de Cónegos é a freguesia de Guimarães que mais imigrantes recebe, atraídos pelas fábricas têxteis e agricultura. “Além disso, estamos aqui num território de fronteira em que recebemos muitas pessoas de Vizela e de Santo Tirso”, explica.
“Estas pessoas estão bem integradas e contribuem para a nossa comunidade. Mas a maioria não tem as vacinas de acordo com o plano nacional e é preciso tratar desta situação”, lembra Brás. Para fazer face à pressão dos 6000 utentes, a Junta já chegou a alugar uma tenda para melhorar o atendimento, “mas o nosso orçamento não comportava essa despesa”, lamenta.
António Brás espera que o Centro de Saúde possa abrir antes do inverno e do pico de procura provocado pela gripe sazonal.