Um único centro de vacinação em Sesimbra, mais precisamente na Quinta do Conde, não é suficiente para travar os novos casos que colocam o concelho no mais alto patamar de risco de propagação do covid-19. Como tal, o presidente da Câmara Municipal pede com urgência a abertura de um segundo centro, instalado na vila.
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"É preciso que haja vacinação massiva da população para combater a situação vivida no concelho e isso só se garante com mais um centro", diz ao JN Francisco Jesus, que analisa esta abertura como "uma regra matemática simples no combate à pandemia, mais vacinação, menos casos".
O novo centro de vacinação encontra-se junto ao terminal rodoviário na vila de Sesimbra, mas faltam os enfermeiros a contratar pela Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo (ARS-LVT), diz o presidente da Câmara Municipal. Ao JN, a ARSLVT aponta para constrangimentos operacionais no centro de vacinação da vila como a razão para a não abertura.
"A autarquia garante os recursos humanos, exceto enfermeiros, o acompanhamento administrativo, e disponibiliza o material e equipamento informático, mas por razões legais, não se pode substituir à administração central na contratação de enfermeiros", explica Francisco Jesus. Em causa está a proteção de dados dos utentes, que não podem ser acedidos por técnicos contratados pelo município, e as autorizações de acumulação de funções dos enfermeiros, que tem que ser emitida pela ARS-LVT.
"Há uma série de dificuldades que vêm inquinando o processo e tendo em conta o estado atual de Sesimbra, justificar-se-ia um acelerar do processo de recrutamento levado a cabo pela ARS LVT para a colocação de enfermeiros no novo centro", afirma o autarca. Em abril, durante uma visita técnica ao espaço, foi dito ao edil pela ARS que "a indicação seria a de abrir nos próximos dias. Volvidos dois meses, nada aconteceu", acrescenta.
A ARS explica ao JN que em maio "o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida efetuou uma visita ao pavilhão proposto. Na altura foram identificados vários constrangimentos operacionais, os quais foram transmitidos à Proteção Civil municipal. Assim que esses constrangimentos sejam ultrapassados, o ACES terá condições para iniciar a gestão do CVC e o mesmo poderá começar a funcionar no prazo de 14 dias, de acordo as regras estabelecidas pela Task Force".