O transporte fluvial entre Barreiro e Terreiro do Paço foi reforçado esta quarta-feira à tarde com o navio Cesário Verde.
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O navio, com capacidade para 320 pessoas, servirá os utentes nas horas de ponta até que as embarcações "Damião de Góis" e "Jorge de Sena", cada um com capacidade de 600 passageiros, saiam do estaleiro e regressem ao serviço. O primeiro aguarda para sair do estaleiro e o segundo espera pela emissão de um novo certificado.
A administração da Transtejo/Soflusa avançou com esta medida depois de ter aconselhado os utentes a evitar a utilização massiva do serviço entre Barreiro e Terreiro do Paço entre as oito e as nove horas da manhã.
Na terça-feira, a PSP foi obrigada a intervir no cais do Barreiro quando duas das sete carreiras previstas foram suprimidas originando um aglomerado intenso de pessoas no terminal na margem sul. Houve registo de pessoas magoadas, uma desmaiou e uma porta partida.
A frota da Soflusa é composta por oito navios. Atualmente apenas quatro realizam a travessia no Tejo: o "Miguel Torga", "Almeida Garrett", "Fernando Pessoa" e "Antero de Quental". Relativamente aos navios "Damião de Góis" e "Jorge de Sena" espera-se que retomem a atividade com brevidade. Já o navio "Fernando Namora" e o "Gil Vicente" serão submetidos a grandes intervenções. O primeiro aguarda a entrada em estaleiro e o segundo encontra-se em fase de adjudicação.
Autoridade da Mobilidade e dos Transportes fiscaliza
A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) iniciou esta quarta-feira uma ação de fiscalização à Soflusa. "Na sequência das repetidas quebras na oferta da Soflusa, reconhecidas ontem [terça-feira] pela administração da empresa, e indo ao encontro de uma iniciativa que já estava a ser preparada, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, face às atribuições previstas nos respetivos estatutos, iniciou hoje uma ação fiscalizadora", afirmou uma fonte oficial à agência Lusa.
Segundo a mesma fonte da AMT, a iniciativa decorre das perturbações registadas no transporte fluvial entre as duas margens do Tejo e "em causa está a proteção dos direitos dos passageiros".