Os lisboetas defendem que a principal prioridade do próximo presidente da Câmara deve ser a resolução dos problemas relacionados com a mobilidade. Na sondagem da Pitagórica para o JN/TSF e TVI/CNN Portugal, 73% dos inquiridos afirmaram que é "extremamente importante" dar atenção aos transportes, ao trânsito e ao estacionamento.
Corpo do artigo
As longas filas de trânsito e a dificuldade de acesso aos transportes públicos estão entre os principais problemas dos lisboetas. Além dos 73% de inquiridos que consideram a mobilidade um tema urgente, há ainda 72% que dizem que a seriedade e a transparência na gestão camarária devem ser prioritárias.
Mais abaixo estão áreas como a limpeza urbana (67%) e o apoio a idosos e pessoas vulneráveis (65%). A habitação e a segurança, que são dois dos temas mais recorrentes na boca dos candidatos, surgem apenas em quinto lugar, ambas com 59%.
No fundo da tabela está a valorização do turismo e do património (17%), bem como a política de cultura e desporto (26%).
Com exceção dos idosos, todas as faixas etárias defendem que a mobilidade e a transparência devem ser, em conjunto, as duas principais prioridades. Os mais velhos pugnam pela transparência, mas também pelo apoio a idosos, enquanto os mais novos pedem melhor mobilidade e mais limpeza de estradas e ruas.
Se analisarmos as prioridades consoante a intenção de voto dos inquiridos também se encontram diferenças relevantes. Os eleitores do Chega querem sobretudo seriedade e transparência (85%), mas, para estes, as questões da mobilidade são tão prioritárias como a segurança. São, aliás, os únicos eleitores que colocam a segurança entre as primeiras três prioridades.
Para os que votam em Carlos Moedas, a preferência vai para um presidente da Câmara que seja sério e transparente. Já os eleitores da CDU querem melhor mobilidade e mais habitação, sendo os únicos que veem a crise habitacional como um dos principais problemas. Por sua vez, os eleitores do PS/Livre alinham com a média, com a mobilidade e a transparência como principais exigências. Entre os eleitores socialistas, o apoio a idosos também ganha relevo.
Gostam de viver na capital
Quando são chamados a dizer se gostam de viver em Lisboa e se recomendariam a capital para viver, os lisboetas são muito claros a dizer que sim. Entre os inquiridos, 81% afirmam que gostam de viver em Lisboa, contra apenas 18% que dizem que preferiam morar noutro concelho.
A conclusão é que os lisboetas estão felizes na capital e isso reflete-se também no índice de felicidade, de 78%, a que corresponde uma avaliação média de 7,8 valores, numa escala de zero a dez. Aliás, dois em cada três inquiridos (65%) dão notas entre oito e dez valores ao seu grau de felicidade.
Ficha Técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN, Nascer do Sol e ECO com o objetivo de avaliar a opinião dos eleitores recenseados no concelho de Lisboa sobre temas relacionados com o município. O trabalho de campo decorreu entre os dias 23 e 28 de setembro de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados no concelho de Lisboa e foi devidamente estratificada por género, idade e freguesia. Foram realizadas 1243 tentativas de contacto, para alcançarmos 625 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 50,28%. As 625 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 4,00% para um nível de confiança de 95,5%. A distribuição de indecisos é feita de forma proporcional. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.