Entre as mais de 60 linhas da STCP, 22 serão privatizadas no âmbito da revisão da rede de transportes da Área Metropolitana do Porto, adiantou fonte da empresa de transporte público.
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De acordo com a mesma fonte, 15 destas 22 linhas a privatizar são já actualmente operadas por privados, mas através de concessão.
"Estas concessões ao serviço da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) serão suspensas e as 15 linhas definitivamente privatizadas", referiu, acrescentando que outras "sete linhas da STCP" se juntarão a este conjunto.
Entre os operadores privados que ficarão com as linhas estão a Valpi e a Gondomarense, por exemplo, empresas que já se juntaram, em Setembro, ao sistema intermodal Andante.
A mesma fonte garantiu à Lusa que a privatização das 22 linhas da STCP é uma das recomendações que consta no relatório final do grupo de trabalho criado na Área Metropolitana do Porto (AMP), já entregue à tutela.
Este grupo de trabalho foi criado pelo Governo em Setembro, considerando-se que "as empresas públicas do sector dos transportes terrestres têm, na sua generalidade, uma situação económico-financeira bastante debilitada, apresentando há longos anos avultados défices operacionais crónicos e um crescente endividamento".
De acordo com o despacho do Ministério da Economia e do Emprego publicado em Diário da República no dia 2 de Outubro, no âmbito do memorando de entendimento firmado com a troika, o "Estado português comprometeu-se a rever o nível do serviço público prestado por todas as empresas públicas, de modo a reduzir o seu grau de subsidiação".
O grupo de trabalho apresentou já ao Governo o seu relatório, "com medidas concretas, passíveis de ser implementadas no curto prazo".
Coordenado por Pedro Almeida Gonçalves, o grupo de trabalho na AMP integrou elementos designados pela Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, Metro do Porto, STCP, CP e Antrop.
A revisão da rede visa "eliminar redundâncias, sobreposições e competição entre as diferentes redes de transportes públicos", bem como "adequar níveis de serviço e oferta de diferentes redes de transporte, com vista ao atingir de taxas de ocupação médias e velocidades comerciais em linha com as boas práticas internacionais".