A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais informou, no sábado à noite, que alargou às prisões da Grande Lisboa a suspensão das visitas aos reclusos que, há uma semana, já havia sido decretada para as do Norte do país, a fim de diminuir os riscos de contágio por coronavírus.
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O alargamento da medida afeta, já desde sexta-feira, os reclusos dos estabelecimentos prisionais de Caxias, Carregueira, Linhó, Lisboa, Monsanto (apenas na parte do regime aberto), Sintra, Tires, Montijo e junto da Polícia Judiciária de Lisboa. A mesma limitação vai afetar os menores internados nos centros educativos da Bela Vista, Navarro de Paiva e Padre António Oliveira.
Desde domingo, 8 de março, que já estavam suspensas as visitas nas cadeias de Paços de Ferreira, Porto, Santa Cruz do Bispo (masculino e feminino), Vale do Sousa, Aveiro, Braga, Guimarães e Viana do Castelo e junto da Polícia Judiciária do Porto, bem como nos centros educativos de Santo António, no Porto, e de Vila do Conde.
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Ainda podem continuar a receber visitas os reclusos de três dezenas de estabelecimentos prisionais. Entre estas ainda estão alguns de grande dimensão, como o de Coimbra.
Onde não há visitas, os familiares e amigos dos reclusos poderão deixar roupa lavada que, após 24 horas, será entregue aos destinatários. A DGRSP faz questão de referir que esta medida foi tomada porque, nos contactos estabelecidos com a Direção-Geral da Saúde, não recebeu "recomendações que impeçam a entrada de roupa lavada vinda do exterior".
Já para "facilitar o contacto com familiares e amigos", os presos sem visitas passam a poder fazer três chamadas telefónicas diárias, com a duração de cinco minutos cada, informou a DGRSP.
Fonte oficial desta direção-geral, liderada por Rómulo Mateus, informou ainda que, até este sábado, 14 de março, não havia registo de qualquer situação "associada, ou associável, ao Covid-19 em contexto prisional".