O Programa de Redução Tarifária da região do Tâmega e Sousa, que tem na comunidade intermunicipal (CIM) a autoridade de transportes da região, prevê a realização de transporte a pedido nas regiões mais rurais.
Corpo do artigo
De que forma? Por exemplo, um habitante na Serra da Gralheira, Cinfães, que pretenda deslocar-se ao hospital de Penafiel, por ausência de transporte publico, terá uma linha telefónica (a criar) para encomendar o serviço de véspera, no caso um táxi.
O preço a pagar, nesta modalidade, como nos demais passes, é tabelado pelo Programa de Redução Tarifária da região do Tâmega e Sousa e, segundo Armando Mourisco, presidente da CIM, "nunca irá além dos 40 euros".
O serviço será protocolado com os táxis e com as IPSS que possuem carrinhas de transporte coletivo.
O Programa de Redução Tarifária da região do Tâmega e Sousa é aquele que no país que vai receber, no ano de 2019, a maior fatia do Orçamento do Estado, no âmbito desta medida, cerca de 1,8 milhões de euros.
O primeiro-ministro, que presidiu em Baião à apresentação do programa, deu-o como exemplo de que "é uma medida para todo o país" a redução tarifária nos transportes que prevê um investimento de 1,8 milhões de euros.
"Em política, muitas vezes é preciso ver para crer. Depois de tantas vezes repetida a mentira de que a redução dos custos dos transportes era só para as cidades de Lisboa e Porto, ou, quando muito, para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, não há nada como estar aqui no coração do Tâmega e Sousa para ver que é mesmo uma medida para todo o país", afirmou António Costa.
Os 11 municípios que compõem esta CIM vão comparticipar a medida com 45 mil euros.
O programa prevê que a partir de 1 de maio seja implementado um passe para todo o território, com um custo máximo de 40 euros, e títulos de dez bilhetes pré-pagos, com uma redução de custo de 50%.
Também se prevê o reforço nas ligações entre as sedes do concelho e o Hospital Padre Américo, em Penafiel, entre outros melhoramentos no domínio dos transportes públicos, incluindo o transporte a pedido nas regiões mais rurais.
O plano prevê poupanças, no limite, que chegam aos 122,30 euros no passe Baião - Porto, no comboio regional, de 91 euros no passe de autocarro, para o mesmo percurso, ou de 91 euros no passe Resende - Penafiel ou de 88, 60 euros no passe Cinfães - Amarante.
O chefe do Governo destacou também o facto de os autarcas de cada um dos municípios, de cada CIM e de cada área metropolitana poderem desenhar a sua rede de transportes em função das dinâmicas de desenvolvimento territorial.
No caso concreto do Tâmega e Sousa, esta medida, segundo António Costa, "tem um potencial imenso de transformação do conjunto do território. Quanto maiores oportunidades existirem de mobilidade no interior da CIM, menos dependentes estarão da centralidade da Área Metropolitana do Porto", concluiu.