<p>Pais e encarregados de educação das duas escolas de Atei, Mondim de Basto, juntaram-se ontem para protestar contra o encerramento dos dois estabelecimentos e a deslocalização das crianças para um novo centro escolar construído na sede do concelho.</p>
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"Estas duas escolas têm dos melhores alunos do concelho e agradam-nos as condições que têm", garantiu Sílvia Rodrigues, encarregada de educação. Em causa estão as escolas de Parada de Atei e da Praça, com 34 e 26 alunos respectivamente.
Não satisfeitos com a extinção, os manifestantes já interpuseram uma providência cautelar e assumem que aceitarão a decisão do tribunal seja ela qual for.
"Estamos num estado de direito e iremos aceitar a decisão do Tribunal mas estou convicto que a maioria dos alunos de Atei não irá às aulas até sair a decisão judicial", afirmou Alberto Carneiro. Este pai entende que a decisão do município não é equilibrada já que "é uma freguesia com mais de 50 alunos que fica sem escolas", criticando aquilo a que chama o "argumento económico" que, na sua opinião, esteve por trás desta decisão.
Esse argumento é desmontado por Humberto Cerqueira.
O edil mondinense assume que esta "é a melhor solução para os alunos e até fica mais cara", disse.
O autarca afirmou, ao Jornal de Notícias, que só o tribunal poderá alterar a decisão do encerramento das escolas mas está convicto que os alunos ficarão a ganhar numa escola com melhores condições e outras ofertas para as crianças.
"Não é só mudá-los de edifício. É uma mudança de conceito de escola. Vão para um local com cantina, ginásio, internet e aquecimento e onde podem interagir com outras crianças", explicou Humberto Cerqueira.