Inauguração da obra de requalificação do cineteatro já foi adiada três vezes por falta de matérias-primas.
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Uma das salas de espetáculos mais icónicas de Guimarães tem reabertura prevista para dezembro. O anúncio foi feito pelo presidente da Autarquia, Domingos Bragança, com algumas reservas face aos atrasos anteriores.
A inauguração do reabilitado Teatro Jordão, que anexou a Garagem Avenida (para acolher as escolas de Música da Academia Valentim Moreira de Sá e a de Artes Performativas e Visuais da Universidade do Minho), foi anunciada para o dia 24 de junho, depois adiada para o período das Festas Gualterianas no final de julho e mais uma vez prorrogada para outubro.
Duas semanas
Domingos Bragança afirma que a obra está concluída em 98%, "faltando apenas colocar meia dúzia de vidros na cobertura do edifício central". A empreitada arrancou em janeiro de 2019 e tinha prazo de execução de um ano e meio. A falta de matérias-primas é a explicação avançada pelo autarca para este atraso de mais de meio ano. "Estamos dependentes da entrega de vidros curvos, que são especiais. Estão em falta e o mercado não tem resolvido", lamenta.
Fruto destes problemas na aquisição de materiais, Domingos Bragança avança com o último mês do ano, mas com alguma reserva. Em todo o caso, afirma que nas próximas duas semanas já será possível dizer com toda a certeza se o Teatro Jordão reabre ainda este ano.
A obra de requalificação do edifício Jordão e da Garagem Avenida foi apoiada pelo Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional, ao abrigo do programa Norte 2020, no valor de 9 815 500 euros, num custo total de 11,5 milhões de euros.
Além dos espaços dedicados aos cursos da UMinho e da Academia Valentim Moreira de Sá, o projeto contempla um auditório de 400 lugares. A recuperação do edifício integra-se na pretensão da Câmara de ver a classificação de Património da Humanidade alargada à zona de Couros.