<p>O tecto falso do hall de entrada do Centro de Saúde de Vagos, num edificio aberto ao público em Setembro do ano passado, desabou na noite de sábado para domingo, altura em que o edifício estava encerrado. </p>
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Ao que o JN conseguiu apurar, em causa esteve a junção de dois canos de água quente que terão cedido, provocando uma fuga de líquido e vapor entre a placa do primeiro andar e o tecto falso.
A cobertura, que escondia aqueles tubos, não resistiu ao peso da água e desabou, danificando a central telefónica, secretária da recepção e alagando aquela divisão.
Na ocasião, o edifício estava encerrado, não havendo, por isso, quaisquer vítimas. O buraco, com vários metros de diâmetro, era ontem visível.
Fernanda Loureiro, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga II, onde se insere o município de Vagos, explicou ao JN que se tratou de "um problema estrutural do edifício".
"Não devia ter acontecido, mas aconteceu, agora os nossos técnicos e a construtora estão a analisar os estragos e a melhor forma de os reparar", disse, garantindo que, apesar do sucedido, "os serviços estão a funcionar normalmente" e a reparação será feita "o mais rápido possível".
Por não ter ainda analisado os estragos, não avançou quem irá custear a sua reparação nem qualquer prazo para o arranjo.
De acordo com um dos clínicos do CSV, ouvido pelo JN, na manhã de domingo, quando os profissionais de saúde abriram as instalações para consultas que deram pela enorme "cratera" no hall do edifício.
"O tecto falso é feito de gesso e outros materiais muito frágeis, que cederam com o peso da água que ficou lá acumulada. No domingo de manhã o piso estava alagado e havia muito vapor. A central telefónica, assim como a secretária da recepção, ficaram danificadas pelo excesso de água", disseram ao JN. "Ficamos com os telefones internos a funcionar, mas não podíamos contactar para o exterior"., acrescentaram. Apesar do contratempo, o espaço foi limpo e "as consultas foram dadas normalmente", foi dito ao JN.
Há cerca de três semanas, o novo edifício do Centro de Saúde Vagos "viveu" uma outra anomalia relacionada com o estado da canalização que entupida originou a inundação de um dos gabinetes de consulta.
A situação foi ultrapassada pela com a colaboração da Câmara de Vagos que providenciou o desentupimento dos canos de esgotos que apresentavam no seu interior bocados de cimento.
Iniciada em Setembro de 2003, a obra estava orçada em 2,1 milhões de euros, mas sofreu trabalhos a mais nas fundações que encareceram o valor final.
O edifício ficou concluído no início de 2006, mas apenas abriu ao público em Setembro de 2008, ou seja, cerca de dois anos e meio depois de terminada. Os novos equipamentos para apetrechar o centro e a potência energética para o seu funcionamento terão estado na base deste atraso.
Entretanto, os documentos e medicamentos que haviam ficado no antigo edifício do CSV e que podiam ser facilmente acedidos, conforme o JN noticiou no último sábado, já foram retirados do local.