Tino de Rans: "Sou um candidato credível à Câmara do Porto"

"Muita gente pensava que ia voltar a concorrer à Presidência da República", começou por dizer Tino de Rans, no lançamento para as eleições autárquicas.

A Rua 31 de Janeiro foi escolhida pelo simbolismo da data - revolta republicana - e pela proximidade à Estação de São Bento. "É o quilómetro zero de uma viagem bonita. A estação é uma porta de entrada e saída. A minha viagem começa aqui", declarou, confiante na angariação das assinaturas necessárias e em obter uma votação que garanta um lugar na vereação.

Pelas suas contas, um resultado de 7% será suficiente para cumprir este desiderato. "É perfeitamente possível. Sou um candidato credível", confiou Tino de Rans, de 53 anos, e há 27 a trabalhar na cidade como calceteiro. "Estou preso ao Porto". O lançamento da candidatura só aconteceu a meio da tarde, após o emprego.

Já foi candidato em Valongo e Penafiel

"Conheço o povo e todas as ruas do Porto. O meu gabinete é a rua. Sou metade rural (foi presidente da Junta da Freguesia de Rans, em Penafiel) e metade urbano. Consigo chegar aos dois lados e também à burguesia", adiantou, prometendo deslocar-se a aos "bairros, à Sé, à Foz e a todo o lado".

"Será uma campanha de porta a porta", explicou, atalhando que são precisas 4000 assinaturas, mas que a sua meta aponta para as 12 mil. "Será uma média de 1500 a 2000 por mês", anteviu, completando que o movimento que lidera é independente dos "lóbis" e que apresentará "candidatos a todas as juntas de freguesia".

Esta não é a primeira candidatura autárquica de Tino de Rans. Além de ter concorrido às presidenciais em 2016, já foi a votos para a Câmara de Valongo (2009), de onde é natural a mulher, e para a Câmara de Penafiel (2017), concelho onde nasceu. Em Valongo conseguiu 5% da votação e em Penafiel granjeou o apoio de 6% do eleitorado.