O reitor da Universidade do Porto disse ter aderido ao movimento para "debater o boicote que o Governo está a fazer à Porto Vivo SRU" por reconhecer que a recuperação da baixa portuense tem corrido adequadamente.
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Marques dos Santos falava à entrada da reunião que juntou mais de uma centena de personalidades da cidade para debater o "boicote" do Governo à Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), a convite do presidente da Câmara do Porto, o social-democrata Rui Rio.
A reunião foi realizada num hotel no coração da baixa do Porto, no quarteirão das Cardosas, que foi todo já recuperado e que resulta também do investimento privado.
"Esta união é fundamental para marcar posição. Não sei se terá grande recetividade, porque vivermos um momento em que parece que está tudo formatado e tudo decidido, sem grande diálogo", disse o reitor.
"Temos tido o mesmo problema no ensino superior. As coisas aparecem-nos feitas e muitas vezes mudam-se 'a posteriori', o que era desnecessário se tivesse existido uma conversa anterior. Aqui é a mesma situação. Todos os parceiros da SRU cumpriram o seu papel menos o Estado, que na minha ótica devia ser o principal interessado, dado que, como se viu, este projeto conseguiu atrair imenso investimento privado", acrescentou.
O reitor entende que este projeto da reabilitação urbana deveria ser um projeto a acarinhar e, "aqui neste caso, o que é mais grave é o Estado não cumprir o contrato".