Os trabalhadores da cantina da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Famalicão, estão, esta terça feira, em greve. Reivindicam melhores condições de trabalho, nomeadamente o aumento do número de trabalhadores.
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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte a empresa a quem foi adjudicado o serviço da cantina - a Uniself - não está a cumprir as cargas horárias dos trabalhadores. A empresa desmente.
"Ontem entrou mais uma pessoa ao serviço mas deveriam estar mais", refere Nuno Coelho, dirigente sindical. O dirigente nota que atualmente, na cantina da Camilo Castelo Branco, estão duas pessoas a trabalhar a tempo inteiro e duas a tempo parcial, mas deveriam estar mais.
"É muito trabalho e há falta de pessoal, é esgotante", disse ao JN Fernanda Silva, cozinheira no estabelecimento de ensino.
Em média são servidas 250 refeições. " Mas há dias em que são mais, e dias em que são menos. Ontem, por exemplo, servimos 265", nota
Nuno Coelho diz que há situações onde conseguiram resolver o problema e outras que não. "O Ministério da Educação deveria fiscalizar se o caderno de encargos está a ser cumprido e não o faz", afirma.
Com a cantina encerrada, a escola informou os pais que os alunos que não tenham alternativa para fazer a refeição poderão ir para casa. O encarregado de educação deverá depois justiçar a falta.
A Uniself SA nega as acusações e diz cumprir o caderno encargos no estabelecimento de ensino em causa, por isso "o número de trabalhadores/cargas horárias não carecem de reforço".
Acrescenta que os ritmos de trabalho são "normais" para a área de atividade. "A Uniself SA sempre zelou pela segurança e saúde dos seus trabalhadores, bem como pela qualidade e segurança alimentar", refere nos esclarecimentos prestados ao JN.