Trabalhadores da Coindu saem com indemnizações de “mais 17%” acima dos direitos
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) garante que os trabalhadores da fábrica do grupo Coindu, que deverá encerrar dentro de dias em Arcos de Valdevez, vão receber “mais 17%” daquilo a que têm direito no âmbito do despedimento coletivo.
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Segundo o dirigente sindical José Simões, o acordo foi fechado na última sexta-feira, numa reunião com representantes da empresa e do Ministério do Trabalho. “Não é um acordo que possamos dizer que é bom, mas é aceitável. Acima de todos os direitos que os trabalhadores têm, recebem mais 17 %”, declarou José Simões, referindo que “tem de ser tudo pago à saída”.
O dirigente adiantou ainda que, dentro do quadro de desemprego que os espera, há “trabalhadores que ficaram satisfeitos e outros não”. “Apareceram no plenário duas trabalhadoras, que disseram: ‘tenho 60 anos. Quem é que me aceita agora para trabalhar? As empresas não me aceitam’”, contou José Simões, comentando que “isto é uma realidade e não é só neste caso da Coindu. É a nível geral. E é claro que esta gente não está satisfeita. Alguns vão ter de passar a receber pelo desemprego, até chegar a altura da reforma, embora agora a idade de reforma também já tenha aumentado”. E acrescentou: “Para mim é chocante que estejamos num país onde este tipo de problemas existem e muito mais o encerramento de empresas”.