A Estradas de Portugal recebeu, ontem, manifestantes da Branca a quem admitiu reavaliar o traçado da A32 a nascente da freguesia.População insistiu nos protestos com uma marcha lenta entre Albergaria-a-Velha e Aveiro.
Corpo do artigo
A directora da delegação regional de Aveiro da Estradas de Portugal (EP), Angela Sá, garantiu, ontem, à população da Branca, que "há expectativas de rever o traçado" da auto-estrada 32, projectado para passar a nascente da freguesia da Branca.
Apesar da chuva, largas dezenas de manifestantes voltaram este domingo a fazer-se à estrada, para protestarem contra aquele traçado. Os populares percorreram, em marcha lenta e buzinando, os cerca de 20 quilómetros que separam aquela localidade da cidade de Aveiro. Pararam na Junta de Freguesia da Branca, na Câmara de Albergaria-a-Velha, na delegação de Aveiro da EP e no Governo civil, entregando cartas em que manifestam "disponibilidade para dialogar, mas não cedemos nesta luta, que já leva mais de um ano". "Este trajecto corta a freguesia a meio, destruindo desde achados arqueológicos até pontos de água", explicou Joaquim Santos, da Associação do Ambiente e Património da Branca (AURANCA).
Segundo o responsável, "o presidente da Câmara recebeu-nos e assegurou que dia 17 irá reunir com o Secretário de Estado das Obras Públicas para falar sobre o assunto. A directora da EP em Aveiro também se mostrou sensível à luta, diz que o processo não está fechado, que há expectativas de rever o traçado, reavaliar os documentos e prometeu reencaminhar o nosso pedido aos responsáveis".
Para hoje, ao fim da tarde, está agendada uma reunião entre elementos da AURANCA e a EP para aprofundar os motivos dos protestos da população.
Recorde-se que, no passado mês de Novembro, a AURANCA foi recebida na Assembleia da República, tendo os grupo parlamentares ficado "interessados na nossa causa. Há alguma coisa a mudar e penso que estamos à beira de arranjar uma solução a contento da Branca", diz, esperançado, Joaquim Santos.