Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, empresas que asseguram a travessia fluvial do rio Tejo, decidiram hoje, quinta-feira, avançar com greves parciais a 30 de Janeiro e a 2 de Fevereiro, dia para o qual já tinha sido agendada uma paralisação em todo o sector dos transportes.
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As greves parciais de três horas por turno, que vão incidir sobre as horas de ponta da manhã e da tarde, vão afectar a Soflusa, que faz a ligação Lisboa-Barreiro, a 30 de Janeiro e a 2 de Fevereiro e a Transtejo, que tem ligações para a capital desde o Montijo, Seixal, Cacilhas e Trafaria, em Almada, apenas a 2 de Fevereiro.
Os trabalhadores estão contra a supressão de carreiras prevista pelo Plano Estratégico dos Transportes e contra a eventual redução de pessoal.
Na Soflusa, por exemplo, "a extinção de 48 carreiras, principalmente aos fins-de-semana, implica uma redução de quatro turnos", adiantou ao JN Artur Toureiro, do Sindicato dos Transportes Fluviais, frisando que os novos horários devem vigorar a partir de 1 de Fevereiro.
"Vão ficar 16 pessoas sem nada para fazer. Tememos que posteriormente aleguem que não são mais necessárias na empresa", acrescenta o sindicalista, criticando a falta de informação por parte da empresa.
"Conseguimos ter acesso aos horários, mas oficialmente não sabemos nada, porque não existe diálogo", nota.