O processo de demolição controlada de um rochedo pertencente à arriba que sexta-feira se desmoronou na praia Maria Luísa, em Albufeira, provocando cinco mortos, iniciou-se às 20 horas e está ser feito por três máquinas.
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"Vão ser utilizadas três máquinas distintas, esta primeira com um braço muito grande para iniciar desbaste do leixão do topo para a base, garantindo a segurança do maquinista", explicou Valentina Calixto, presidente da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve que se encontra a acompanhar os trabalhos desta noite.
A responsável disse que depois serão utilizadas "mais duas máquinas até ser atingido o objectivo da operação, quando o leixão tiver uma altura que não provoque risco para os utentes da praia".
Os materiais soltos vão depois ser aglomerados junto à base da arriba para evitar a erosão da arriba provocada pela água do mar.
Valentina Calixto adiantou que a partir de segunda-feira a ARH vai fazer "um balanço das zonas mais preocupantes e uma reprogramação do trabalho de avaliação das arribas do litoral.
O objectivo é intensificar as observações das arribas.
A responsável indicou que as principais zonas de risco situam-se entre Albufeira, Lagoa e Lagos, sobretudo nos dois primeiros concelhos.
A ARH pondera ainda reforçar a equipa técnica actualmente composta por dois engenheiros civis e dois geólogos.
A derrocada da arriba provocou a morte de cinco pessoas e três feridos.