É hoje, sexta-feira, que o Tribunal Constitucional deverá dar a conhecer se haverá ou não novas eleições em Espinho.
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O pedido de nulidade do acto eleitoral foi apresentado pelo PS há exactamente uma semana, um dia depois de terminada a Assembleia de Apuramento Geral que confirmou a vitória do social-democrata Pinto Moreira e a derrota do ainda presidente da Câmara, José Mota.
O TC deverá pronunciar-se ainda sobre outros dois pedidos dos socialistas, que só terão fundamento caso não seja dado provimento ao primeiro.
Num deles, o PS pede a repetição das eleições para todos os órgãos em Silvalde, onde, segundo Liliana Ferreira, do PS, "se verificou o maior número de ilegalidades". Caso também este pedido não obtenha sinal verde por parte do Tribunal, o PS pede que seja considerado válido um voto para a Assembleia de Freguesia de Silvalde que seria para o PS e foi anulado por apresentar, dentro do quadrado, além da cruz, embora imperfeita, a letra P.
Se esse voto fosse validado, estaríamos perante um empate entre PS e PSD, o que obrigaria a novas eleições para a Assembleia de Freguesia. E se desta vez a vitória coubesse ao socialista Abel Gonçalves, tal representaria uma mudança na Assembleia Municipal com o PS a ganhar mais um elemento.
Ansiosos por uma resolução do problema, estão também outros partidos envolvidos. "Se se confirmarem as acusações do PS, só teríamos a ganhar com novas eleições, até porque nenhum executivo seria capaz de exercer funções debaixo de tamanhas suspeições", comentou Carlos Alberto Silva, candidato à Câmara pelo Bloco de Esquerda.
"Houve realmente muita coisa esquisita nesta campanha e há que averiguar o caso até às últimas consequências", fez notar, por sua vez, Fausto Neves, da CDU. Uma opinião partilhada por Marques Baptista, do CDS. "Apure-se a verdade e proceda-se em conformidade", concluiu.