Medida faz parte das 27 conclusões do grupo de trabalho intermunicipal que estudou a via. Já existem painéis com mensagens variáveis e serão criadas duas passagens de emergência.
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Estão a ser avaliadas pelo Ministério das Infraestruturas as alterações às portagens propostas há cerca de um ano e meio pelo grupo de trabalho formado pelos municípios do Porto, Gaia e Matosinhos e pela Infraestruturas de Portugal (IP), que estudou alternativas para aliviar o trânsito na Via de Cintura Interna (VCI). Das 27 conclusões apresentadas, a mais visível, para já, é a instalação de painéis de mensagens variáveis nas proximidades da via. "Conduza com precaução" é um dos vários avisos emitidos.
As primeiras estruturas foram colocadas pela Câmara do Porto e estão na Avenida AEP, na Rua de Faria Guimarães e na Avenida de Fernão de Magalhães. A IP instalará outros três painéis no Nó das Antas, no Nó do Amial e na Ponte do Freixo.
Entretanto, também foram alteradas algumas prioridades, como no acesso em direção ao Freixo após o Covelo. Ali, os carros que chegam pela direita perderam a prioridade, o que até tem causado alguns congestionamentos.
informar condutores
O estudo para melhorar o trânsito na VCI propôs a alteração de portagens para que a via perca atratividade para os condutores. Foram apresentados dois cenários, que estão a ser avaliados pela tutela. Um deles obrigaria à eliminação dos pórticos da A4, com a introdução de outros dois: um na A28 e outro na A3. Sobre esta análise a IP diz que "os cenários estudados foram apresentados por este grupo de trabalho à tutela, estando em fase de avaliação pelo Ministério".
Quanto às mensagens nos painéis, que também avisam em caso de obras, o "objetivo principal" é que prestem informações sobre "o estado de circulação na VCI, para possibilitar a escolha de alternativas de percurso", clarificou a IP.
Entretanto, o trânsito na via mantém-se intenso. O JN percorreu, ao final da tarde, os 14 quilómetros da VCI no Porto. Num cenário sem acidentes, a viagem entre a Rotunda do Freixo e a Ponte da Arrábida, com uma velocidade média de 30 quilómetros por hora, demorou cerca de meia hora.
Certo é que, quando há acidentes, os condutores podem ficar parados durante horas, provocando o entupimento das entradas e saídas da via, em particular junto ao Estádio do Dragão, na saída para Matosinhos, para a Boavista e na Ponte da Arrábida, em direção a Gaia, ou, nas primeiras horas da manhã, em direção ao Porto.
Por isso, e para facilitar a chegada de uma ambulância em caso de socorro, serão criadas "duas passagens de emergência de abertura rápida". Essas mesmas passagens também "possibilitarão a inversão de marcha se necessário". "Serão colocadas entre o Nó do Regado e o Nó de Francos - quilómetros 15,56 e 15,6 - localizações que foram devidamente articuladas com a Autarquia", acrescenta a IP.
nova ligação
Recordando que os radares instalados estão a funcionar, a IP refere estar prevista a colocação de "sistemas dinâmicos de informação e controlo de velocidade" no nó da A3 e na própria VCI. A medida será articulada com a Associação Nacional de Segurança Rodoviária.
A Câmara do Porto acrescentou que, além dos painéis de mensagem variável já instalados, "encontra-se ainda em implementação a ligação da Avenida de Sidónio Pais à Rua de Frederico Ozanam". A obra custará mais de 660 mil euros.
A saber
Via alternativa
Em julho deste ano, as autarquias do Porto, de Gaia e Gondomar apresentaram uma proposta à IP para a criação de uma via alternativa. A nova ligação, a construir entre a VCI e a CREP, e que obrigaria a uma nova travessia sobre o Douro, reduziria em 30 mil o número diário de carros na VCI.
Medidas intermédias
Até à conceção da via alternativa, todos os autarcas, à data, consideram fundamental encetar "medidas intermédias" tais como, disse Moreira, "acabar com a portagem para pesados na CREP". Nesse cenário, os camiões deixariam de utilizar a VCI e as pontes da Arrábida e do Freixo.