ULS de Coimbra realiza webinar para esclarecer dúvidas sobre reconhecimento facial
A Unidade de Saúde Local (ULS) de Coimbra diz, em comunicado, que há várias instituições e organismos públicos que utilizam o sistema de reconhecimento facial para controlo de assiduidade e realiza um webinar para esclarecer eventuais dúvidas sobre o método que também quer implementar.
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"Foi com alguma admiração que recebemos a notícia da contestação a esta medida, uma vez que este método é usado inclusivamente na Comissão Nacional de Proteção de Dados", lê-se no comunicado emitido no sábado.
A ULS de Coimbra dá ainda o exemplo do Tribunal de Contas, da Autoridade Tributária, do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, do Grupo Sousa SA e dos Serviços Ação Social Universidade de Coimbra, onde o sistema também é utilizado.
No Serviço de Nacional de Saúde, o método é utilizado nas ULS do Alto Ave (Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães), de Castelo Branco, Viseu Dão Lafões, do Baixo Mondego, do Oeste, Hospital do Divino Espírito Santo (Açores), estando a ser implementado na ULS de Matosinhos.
"A ULS de Coimbra vai realizar, já no próximo dia 11 de abril, um webinar para esclarecimento de eventuais dúvidas que possam ainda subsistir relativamente a esta matéria", indica. A instituição mostra "total disponibilidade para esclarecer, individualmente, os trabalhadores" que tenham questões sobre a recolha dos dados biométricos.
Tal como o JN tinha avançado, a ULS Coimbra quer alterar o sistema biométrico no controlo de assiduidade dos funcionários de impressão digital para reconhecimento facial. A medida está a ser contestada por alguns trabalhadores.
"A nova metodologia permite um reforço na segurança do acesso às instalações da ULS de Coimbra, garantindo a evidência da presença do trabalhador no local do trabalho e diminuindo o risco de transmissibilidade de formas de acesso", nota a instituição no comunicado enviado ontem.
A ULS reitera que a mudança de impressão de digital por reconhecimento facial "contribui para o controlo e redução de riscos de infeção associada a cuidados de saúde", "apresenta maior estabilidade na leitura e reduz o risco de falhas por incapacidade de recolha" e "permite a identificação e autenticação de pessoas de forma mais célere".
Ao JN, a ULS de Coimbra tinha afirmado que a integração do novo sistema de controlo terá início até maio e será implementado de forma gradual. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) dizem que a mudança é legal. Já a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que viola o princípio da proporcionalidade.