ULS Tâmega e Sousa garante continuidade dos cuidados de saúde para utentes de Moimenta
A Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) garantiu, esta manhã, que “todos os utentes” do polo de Moimenta, em Cinfães, "continuarão a ter acesso aos cuidados de saúde, apesar do encerramento". Passam a ser atendidos em Souselo, a cerca de sete quilómetros por estrada sinuosa.
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A reação da ULSTS surgiu na sequência das preocupações expressas pelo presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Armando Mourisco, que afirmou ter sido “surpreendido pelo encerramento” da unidade de Moimenta, “sem prévio aviso ou consulta ao Município”.
A ULSTS esclarece que “não haverá qualquer alteração nos agendamentos previamente marcados, sendo que os utentes serão atendidos na unidade de Souselo”. Além disso, “os pacientes continuarão a ser acompanhados pelo mesmo médico de família, garantindo a continuidade assistencial”, pode ler-se no comunicado.
A ULSTS explica depois que “o encerramento” da Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) de Moimenta faz parte de “um plano de reestruturação” iniciado em outubro de 2024, que “visa o reforço dos Cuidados de Saúde Primários no concelho de Cinfães”. De acordo com a ULSTS, o espaço da antiga unidade de saúde será requalificado para acolher um novo serviço de reabilitação e fisioterapia com apoio ao domicílio (ECCI), melhorando a oferta assistencial na região.
Entre as medidas previstas para o concelho, está também a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), que permitirão uma maior intersubstituição de clínicos e uma melhoria no atendimento aos utentes. A ULSTS assegura que estas iniciativas estão na fase final de preparação e serão “implementadas brevemente”.
O presidente da Câmara de Cinfães havia expressado a preocupação com a falta de médicos no concelho, mencionando que a unidade de Souselo, com cerca de cinco mil utentes, conta com apenas um médico, e a de Oliveira do Douro tem atendimento médico limitado. Além disso, a criação das novas USF está parada, e há entraves na contratualização da fisioterapia com a Santa Casa da Misericórdia de Cinfães. Mourisco criticou a falta de comunicação e destacou o impacto negativo na população envelhecida e carente de cuidados médicos.