Plataforma de recolha inaugurada esta sexta-feira. Há mais adoções de animais no Grande Porto.
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A pandemia e o confinamento obrigatório fizeram aumentar as adoções de animais no Grande Porto. Com regras apertadas na hora de sair de casa, nunca como agora se vê tanta gente a passear os animais de estimação. Face a esta realidade, que já vem de 2020 e continua neste ano, também as autarquias têm procurado criar melhores condições nos centro de recolha animal ou até mudar para novas instalações.
Como foi o caso do Porto, que em abril de 2020 mudou o centro de recolha animal para Campanhã. Já Valongo vai ampliar o centro veterinário municipal, devendo as obras avançar até junho. Matosinhos está ultimar a ampliação das suas instalações, enquanto Gondomar tem previsto começar a construir uma casa nova para os animais até ao final do ano em Covelo. Quatro exemplos de um trabalho também concretizado noutros municípios da região.
Em Gaia, o concelho mais populoso da Área Metropolitana do Porto, é hoje inaugurada a Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal (PATA), próximo do Lidl de Avintes. Um espaço cujo investimento foi de 1,3 milhões de euros e que é quatro vezes maior do que o Centro de Reabilitação Animal (CRA), junto às oficinas municipais.
"Acrescentar valências"
"A PATA nasce da necessidade de acrescentar valências à oferta do Município na área do acolhimento e tratamento animal, uma vez que a necessidade de mais espaço e de um maior número de jaulas era há muito identificada pelo CRA", destacou o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.
Também Helena Frias, veterinária municipal, reforçou ao JN que "as 38 jaulas do CRA já não eram suficientes para o crescente número de animais". Mesmo que, no ano passado, tenha havido uma taxa de adoção de 85%: foram entregues 256 animais (165 cães e 91 gatos). Em Matosinhos, que só em 2020 acolheu cerca de 500 animais, também se registou um crescimento, com 196 adoções. No Porto, no ano passado foram adotados 143 cães e 161 gatos. Já em Gondomar foram 194 animais, na Maia 190, e em Valongo 70. O ritmo continua elevado neste ano.
Uma das particularidades da PATA é que tem uma maternidade, uma área de infetocontagiosas, uma de internamento, e outra para animais que precisem de passar pelo período de quarentena. Já o gatil, tem uma zona externa, em que os animais têm acesso através de um canal rente ao teto.
Há ainda uma área de recreação, um parque canino, um centro de formação, áreas de tratamento e de apoio ao alojamento de animais, com 80 jaulas para cães. Paralelamente, a PATA terá uma componente educativa, num auditório, com ações de sensibilização sobre os animais de estimação.
Para adotar
Júnior, três anos
É um dos mais recentes inquilinos da PATA, tendo chegado há cerca de um mês. Dizem os tratadores que "é um amor de cão, de tão ternurento". Precisa de espaço para correr, porque é de porte grande.
Fifi, cinco anos
"Desfaz-se em mimos e é muito gulosa". É desta forma que é conhecida a Fifi, uma cadela com cerca de cinco anos. É afável e carinhosa.