
Rasto de destruição no parque de campismo de Albufeira, onde morreu uma britânica
Foto: João Matos/Lusa
O ferido mais grave, que resultou da passagem de um tornado pelo Algarve no sábado, continua internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Faro, adiantou fonte daquela estrutura. Trata-se de um homem, de 87 anos, que estava no parque de campismo onde morreu uma mulher, britânica, de 85 anos. Todas as restantes vítimas já tiveram alta.
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No parque de campismo HolaCamp, em Albufeira, onde a idosa britânica morreu, ainda não começaram os trabalhos de remoção dos destroços, estando a zona afetada delimitada. Ao local têm acorrido várias pessoas, na tentativa de recuperar bens e objetos que ficaram no meio dos destroços.
Ao que o IN apurou, os trabalhos serão feitos por uma empresa contratada pelo parque, que é privado e tem sede em Espanha. Por outro lado, a intervenção incluirá também o corte de várias árvores de grande e pequeno porte que foram derrubadas ou estão em perigo de cair. Esta tarefa deverá ser feita pelos bombeiros de Albufeira.

Está a ser feita a limpeza no Eden Resort, que foi afetado pelo tornado. Foto: Marisa Rodrigues
Já no Eden Resort, a unidade hoteleira onde o tornado deixou vítimas e fortes estragos, vão-se fazendo todos os esforços para retomar a normalidade. Daniel Gama, o diretor, deu conta que "as refeições estão a ser servidas no bar do hotel, zona que não foi afetada pelo tornado".
Reservas em análise
O responsável adiantou ainda que as reservas que tinham até esta segunda-feira foram encaminhadas para outras unidades do grupo. Esta segunda-feira, irá ser tomada uma decisão relativamente às reservas futuras. "Dependerá do que os empreiteiros disserem em relação às obras que estão a decorrer no restaurante, que foi a zona mais afetada", indicou Daniel Gama.
A passagem do tornado pelo Algarve no último sábado causou a morte da mulher de 85 anos, que vivia com o marido num bungalow no parque de campismo HolaCamp, e ficou debaixo dos escombros. Foram ainda registados ferimentos em 28 pessoas, a par da destruição de viaturas e muitas estruturas por toda a região.
Escola fechada em Cascais
A passagem da depressão Cláudia por Portugal Continental deixou um rasto de destruição noutras zonas do país. Esta segunda-feira, a Escola Matilde Rosa Araújo, em São Domingos de Rana, concelho de Cascais, não abriu, por ter sofrido inundações, durante o fim de semana, que não permitiram o funcionamento das aulas em segurança.
Ao todo, a água entrou em três pavilhões: um de salas de aula, outro onde funciona o refeitório e um terceiro, onde estão concentrados os serviços administrativos, como a secretaria, sala de professores e outras unidades de apoio.
A limpeza das áreas afetadas começou na manhã desta segunda-feira, tarefa que se deve prolongar durante o dia todo. A direção está a fazer todos os esforços para que as aulas regressem esta terça-feira, dentro da normalidade.

